Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) – O BV anunciou nesta terça-feira que recebeu uma linha de 50 milhões de dólares da International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial no setor privado, para financiar a compra de veículos flex, híbridos e elétricos no Brasil.

A operação, com prazo de cinco anos, reforça a aposta do BV, maior financiador de carros seminovos do país, nos chamados “negócios verdes”.

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Controlado pelo grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil, o BV tem um braço de financiamento de paineis residenciais de energia solar. Em maio, o BV também fez uma parceira com o iFood para financiamento de mil motocicletas elétricas para entregadores do aplicativo de entrega de comida.

“Vamos entrar mais nesse ecossistema”, disse o diretor executivo de varejo do BV, Flavio Suchek, sobre oportunidades de mercado que o banco enxerga de participar em negócios ligados à indústria de carros elétricos e híbridos, mas não deu detalhes.

O foco nos “veículos verdes” também deve ajudar o BV na sua meta de neutralizar emissões de toda a frota de veículos que ele financia até 2023, via compra de créditos de carbono. O grupo afirma já ter compensado quase um milhão de toneladas de CO2 desde o início do programa, em 2021.

Esta é a terceira operação do IFC voltada para o setor, após ter repassado 275 milhões de dólares ao Banco Alfa e 200 milhões de dólares ao Itaú Unibanco, também para financiar a compra de veículos com emissão menor ou nula de carbono.

Segundo o responsável pela área de instituições financeiras para Brasil e Cone Sul do IFC, Rogerio Santos, apesar de quase toda a frota de veículos de passeio fabricada nos últimos anos já ser da categoria flex, o foco das novas linhas concedidas pelo órgão é para financiar carros elétricos e híbridos.

“E faz parte do acordo com o BV que haverá uma mensuração da redução de dióxido de carbono nos veículos financiados”, disse ele.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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