O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Abry Guillen, disse nesta terça-feira, 8, que as rupturas das cadeias globais de produção ficaram para trás. Ao abrir um painel em evento da TAG Investimentos em São Paulo, ele mostrou índices de pressão nas cadeias globais, construídos tanto pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) quanto pelo BC, que caminham relativamente juntos para baixo.

“Os problemas nas cadeias globais ficaram para trás, já voltou a normalização das cadeias globais de produção”, afirmou o diretor do BC.

Ele apresentou também gráficos que mostram desinflação global dos preços ao consumidor, porém com um cenário ainda desafiador nos núcleos de inflação de economias avançadas, o que reforça o estágio ainda contracionista da política monetária dos bancos centrais.

Guillen citou riscos sobre preços de commodities agrícolas decorrentes da guerra na Ucrânia e a chegada do El Niño, considerando também que o ambiente externo mostra-se incerto.

Os núcleos de inflação nos Estados Unidos, pontuou, seguem resilientes pela pressão do mercado de trabalho.