A vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, falou nesta quarta-feira, 10, na possibilidade de redução dos depósitos compulsórios para aumentar a quantidade de dinheiro disponível para crédito imobiliário. Ela deu a declaração a jornalistas depois de solenidade no Palácio do Planalto ligada ao programa Minha Casa, Minha Vida.

“O Banco Central exige uma retenção depósito compulsório e esse direcionamento estamos querendo que volte como investimento para habitação, 5%. Em vez de reter 20%, reter 15% dos depósitos para que a gente possa aumentar a oferta de crédito”, declarou ela.

Questionada se a ideia é uma liberação de parte dos compulsórios da Caixa ou dos bancos de forma geral, Inês Magalhães respondeu: “Temos um interesse genuíno, grande em fazer. Não necessariamente os outros bancos terão o mesmo apetite”.

Parte dos valores depositados nos bancos é recolhida pela instituição financeira no Banco Central na forma de depósito compulsório. O crédito habitacional, em sua maioria, é financiado pelos recursos captados pela caderneta de poupança. Atualmente, o depósito compulsório sobre a poupança é de 20%. O presidente da Caixa, Carlos Vieira, já tinha manifestado essa intenção de buscar uma redução do compulsório relativo aos depósitos de poupança.

Segundo Vieira afirmou no final de fevereiro, durante coletiva para detalhar os resultados do banco em 2023, se o compulsório sobre poupança caísse de 20% para 15%, seriam mais R$ 70 bilhões para o crédito imobiliário.