O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, revelou, na quarta-feira 8, que convidou bancos de investimentos para estruturar a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Caixa Seguridade, braço de seguros da Caixa Econômica Federal. “A Caixa tem condições de obter o mesmo êxito da BB Seguridade”, afirmou Miriam Belchior, presidente do banco, em referência ao IPO que levantou R$ 11,4 bilhões, em 2013. Levy afirmou ainda que a operação deve ser realizada ainda neste ano, mas, segundo fontes, os estudos de viabilidade ainda nem começaram. “Há a intenção de fazer abertura de capital em 2015, mas temos de ver prazos e condições”, disse o ministro. Em 2014, a Caixa Seguridade emitiu R$ 4,2 bilhões em prêmios e a BB Seguridade, R$ 16,2 bilhões. Em dois anos na bolsa, os papéis da BB Seguridade já subiram 126,6%.

Alimentos

BRF toma R$ 600 mi

A BRF contratou duas linhas de financiamentos do BNDES. Os contratos serão firmados em duas partes. O primeiro será de R$ 268 milhões e o segundo, de R$ 330 milhões.O destino dos recursos não aparece na ata da reunião do Conselho. No ano, as ações sobem 3,3%.

Petróleo

Mais um processo para Petrobras

Na pegada de acionistas minoritários e de fundos americanos e europeus, agora foi a vez da maior gestora da Suécia, a AP 1, a entrar com uma representação contra a Petrobras. Dono de US$ 3,7 milhões em ativos da petroleira, o fundo alega que a Petrobras não tem informado de forma transparente a real situação de suas finanças. O balanço de 2014 é esperado para esta semana, até sexta-feira 17. No ano, as ações ordinárias sobem 10,1% e as preferenciais avançam 5,8%.

Palavra do analista: 
Para Auro Rozenbaum, analista do Bradesco BBI, a Petrobras precisa de transparência. “Aldemir Bendine tem a missão de colocar a Petrobras de volta nos trilhos. O primeiro desafio é a publicação dos balanços..”

Quem vem lá

Hotel Urbano se hospedará na bolsa

O Hotel Urbano anunciou, na segunda-feira 6, a criação do Conselho de Administração. Entre os escolhidos para compor a mesa, estão Derek Zissman, ex-presidente do conselho da KPMG, e Stelleo Tolda, vice-presidente do Mercado Livre. A iniciativa é mais uma etapa da preparação para abertura de capital, no médio prazo. A empresa já conta com investimentos dos fundos Insight Venture Partners e Tiger Global Management.

Papéis avulsos

Tempos difíceis para os bancos

O aumento das despesas com crédito fará com que o ano seja desafiador para os bancos brasileiros, com possibilidade de queda da lucratividade, prevê a agência de rating Fitch. “As instituições enfrentarão mais pressões em relação à qualidade de seus ativos”, afirmam Esin Celasun e Pedro Carvalho, em relatório da Fitch. Embora Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, concorde que 2015 será mais difícil, acredita na retomada da confiança. “Os bancos estão dispostos a expandir o crédito desde que haja cenário para isso”, diz. “Temos que retomar a confiança no País.”

Securitização

Banco Pan ganha aval na área imobiliária

A Fitch classificou a Brazilian Securities, braço de securitização do Banco Pan, com o rating RMS2+. Com isso, a empresa passa a ser reconhecida por sua capacidade de emissão e suporte financeiro. Segundo o direor George Verras, a conquista do selo envolveu um esforço de sete meses. “Isso nos garante uma alta estabilidade financeira e de governança”. No ano, as ações caem 31,8%.

Touro x Urso

O Ibovespa deve seguir em alta, em abril. Para Raphael Figueiredo, analista da Clear, o índice deve ficar ao redor dos 56 mil pontos. “A entrada de investidores estrangeiros ajuda neste contexto”, diz.

Mercado em números

CVC
R$ 1,3 bilhão –
 É quanto a operadora de viagens faturou no primeiro trimestre deste ano, alta de 11,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Renner
R$ 550 milhões –
 Será o total de investimentos da rede de moda, destinados à abertura de 45 novas lojas, em 2015.

AMBEV
R$ 26,6 milhões –
 Serão investidos pela empresa de bebidas em sua fábrica de Anápolis, em Goiás. Desde 2010, a companhia já investiu R$ 460,9 milhões, na unidade.

JBS
R$ 20 milhões –
 É o valor do investimento que a companhia fará na ampliação de seu complexo de processamento de pratos prontos, em Lages, em Santa Catarina.

Klabin
83,1 milhões –
 Foi a quantidade de ações da empresa de papéis para embalagens que a BNDESPar, braço de participações do BNDES, vendeu entre maio de 2011 e março deste ano.