O Conselho de Administração da Caixa Econômica Federal aprovou, em reunião realizada nesta terça-feira, 23, o início imediato de processo competitivo para todas as vice-presidências da instituição. Dos 12 executivos, quatro foram afastados na semana passada por suspeita corrupção e outras irregularidades. A previsão é que o processo dure um ano.

O Conselho de Administração também aprovou medidas para reforçar o capital do banco para que a Caixa não descumpra regras internacionais de regulação em 2019. O plano prevê a retenção pelo banco dos dividendos que seriam pagos ao Tesouro Nacional referentes aos exercícios de 2017 e 2018.

Esse movimento está sendo chamado pelo Tesouro, único acionista da Caixa, de “recapitalização”. O plano prevê ainda a emissão de dívida perpétua pelo banco no mercado internacional, além de venda de carteiras de crédito.

Não está prevista a operação de capitalização do banco com recursos do FGTS, como inicialmente queriam os aliados políticos do presidente Michel Temer. O governo chegou a aprovar lei no Congresso que permite a injeção de R$ 15 bilhões do FGTS na Caixa. A operação, no entanto, precisa da aprovação do Conselho Curador do FGTS e do aval do Tribunal de Contas da União (TCU).