A venda de produtos sazonais atrelados a temperatura fez disparar o lucro de alguns players, entre elas, a Speedo Multisport, marca de artigos esportivos que detém mais de 80% de market share em esportes aquáticos no Brasil e que registrou aumento de 24% nas vendas em 2023 por conta, dentre outros fatores, da onda de calor que atingiu o País em meados do ano passado.

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“Crescemos 24% em 2023, algo impressionante para um ano de crise e, além do lançamento de novos produtos e abertura de novos pontos de venda, sem dúvida alguma sentimos que o fator clima impactou fortemente, tendo em vista que os nossos produtos são mais consumidos no verão”, explica o CEO da Speedo Multisport, Roberto Jalonetsky.

Em 2023, alguns artigos comercializados pela empresa chegaram a ter crescimentos vertiginosos. As camisetas com proteção solar venderam 46% mais em 2023, em relação a 2022, enquanto a linha de protetor solar, em parceria com a Pink Cheeks saltou,54%. Óculos de natação, sungas e maiôs registraram altas de 21% na mesma base de comparação.

“Assim como o ano mais quente da história do nosso planeta trouxe diversos prejuízos, é inegável que este fator também foi determinante para as vendas de produtos que são mais comercializados em períodos de maior incidência de sol, como no verão, por exemplo”, ressalta Jalonetsky.

Speedo aposta em sustentabilidade

A Speedo Multisport acelerou as iniciativas ESG em 2023 e deve ampliar a série de iniciativas sustentáveis em 2024, com o foco de reduzir o impacto de sua operação no meio ambiente e, consequentemente, no dia a dia dos consumidores, através de diversas ações como apoio à entidades que recolhem lixo das praias e o lançamento da linha de confecção “Green n’ Blue” com roupas feitas a partir de garrafas pet.

A cada camiseta confeccionada, até 5 garrafas pet são retiradas do meio ambiente. Agora, a empresa se prepara para a implementação do projeto “zero paper”, que eliminará 100% do uso de papel das áreas administrativas da matriz da companhia, localizada no coração financeiro de São Paulo.

“Sabemos que toda mudança de cultura é um processo. Hoje, ser ESG não é apenas uma boa prática. É faturamento. Essa nova geração consumidora, quer saber se a empresa realmente se preocupa com a sustentabilidade ou é apenas discurso. Quem faz apenas marketing, em algum momento não terá mais espaço no mercado”, finaliza Jalonetsky.