21/09/2020 - 14:28
A calota polar ártica registrou sua menor área de superfície neste verão boreal desde que os registros começaram há 42 anos, disseram cientistas americanos nesta segunda-feira (21).
A área mínima foi medida em 15 de setembro, em 3,74 milhões de km2, de acordo com o National Snow and Ice Center (NSIDC) da University of Colorado Boulder.
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A calota polar ártica é o manto de gelo que se forma no mar nessas altas latitudes e, a cada ano, uma parte dele derrete no verão para se formar novamente no inverno.
No entanto, com o aquecimento global, a cada verão uma porção maior se derrete e não consegue ser reconstruída no inverno, reduzindo cada vez mais sua superfície.
Os satélites observam essas áreas com muita precisão desde 1979 e a tendência de queda é nítida.
“Foi um ano louco no norte, com o gelo marinho quase no nível mais baixo da história, ondas de calor na Sibéria e enormes incêndios florestais”, disse Mark Serreze, diretor do NSIDC.
“Estamos caminhando rumo a um Oceano Ártico sem gelo sazonal”, lamentou.
O degelo não contribui diretamente para o aumento do nível do mar, já que o gelo já está na água, mas o faz indiretamente, porque quanto menos gelo, menos os raios solares se refletem e são absorvidos em maior quantidade pelos oceanos, aumentando sua temperatura.