A icônica marca Calvin Klein anunciou o encerramento das suas coleções de luxo e o foco nas linhas de jeans e roupas íntimas. A reestruturação da grife norte-americana ainda inclui o fechamento da tradicional loja na Madison Avenue, em Nova York, e de um escritório em Milão, além da demissão de aproximadamente 100 funcionários.

De acordo com o The Guardian, as mudanças sucedem a saída repentina do diretor de criação Raf Simon – com passagens também pelas grifes Christian Dior e Jil Sander -, no ano passado. Desde 2016 na companhia, Simon foi o principal mentor da unificação de diversas categorias da grife sob o nome Calvin Klein 205W39NYC.

Apesar de manter todo o controle criativo, as mudanças não refletiram bem nos negócios. No terceiro trimestre de 2018, os lucros pré-taxação de impostos caíram para US$ 121 milhões, em comparação com US$ 142 milhões no mesmo período do ano anterior, enquanto as receitas aumentaram 2%, para US$ 963 milhões no ano.

Diante dos números, o CEO da PVH Corp, que é controladora da grife, Emanuel Chirico, afirmou estar “decepcionado com a falta de retorno sobre nossos investimentos em nosso negócio na Calvin Klein 205W39NYC”, e resolveu demitir o diretor de criação antes do término do contrato, previsto para agosto deste ano.