Por Patricia Zengerle e Jan Wolfe

WASHINGTON (Reuters) – O comitê do Congresso norte-americano que investiga o violento ataque ao Capitólio do dia 6 de janeiro informou ao estrategista político Steve Bannon que rejeitou seus argumentos para não cooperar com o inquérito, enquanto o painel busca uma acusação de desacato ao Congresso contra o ex-assessor do ex-presidente Donald Trump. 

Trump já argumentou que os materiais e depoimentos buscados pelo comitê estão protegidos pelo privilégio executivo, uma doutrina legal que protege a confidencialidade de algumas das comunicações da Casa Branca. 

Bannon, através de seu advogado, já disse que não irá colaborar com o comitê até que o pedido de privilégio executivo de Trump seja resolvido por um tribunal ou por um acordo.

Em carta ao advogado de Bannon datada de sexta-feira, e vista pela Reuters nesta segunda-feira, o deputado Bennie Thompson, presidente do comitê, recusou os argumentos de Bannon. A carta foi reportada primeiramente pelo Washington Post.

Thompson escreveu que qualquer reivindicação de privilégio executivo “não irá prevenir o comitê de obter legalmente as informações que busca”.

O comitê deve se reunir na noite de terça-feira para votar um relatório que recomenda que a Câmara acuse Bannon de desacato criminoso ao Congresso e recomende ao procurador federal do Distrito de Columbia que ele seja indiciado.

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