27/12/2022 - 9:18
Inspirados pela série de comédia Monty Python, pesquisadores dos EUA resolveram observar qual o grau de eficiência da caminhada ‘menos elaborada’ para alcançar metas de exercícios físicos diários. O estudo, chamado Quantificando os benefícios da caminhada ineficiente: estudo experimental baseado em laboratório inspirado em Monty Python, observou que o método menos preciso é mais eficiente, tanto para homens quanto para mulheres. A pesquisa foi aprovada pelo Conselho de Revisão Institucional da Arizona State University.
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Os participantes – 13 adultos saudáveis (seis mulheres e sete homens) – realizaram três tentativas de caminhada de 5 minutos em um percurso interno de 30 metros. A primeira tentativa consistiu em andar em uma velocidade de caminhada livremente escolhida no estilo usual do participante; já as duas tentativas seguintes consistiram em caminhadas de baixa eficiência nas quais os participantes foram solicitados a imitar as caminhadas de Mr. Teabag e Mr. Putey, personagens da série que caminhavam de forma ‘engraçada’ em um dos episódios, seja levantando as pernas mais alto ou variando o ritmo no passo a passo.
As 3 tentativas consistiam nas seguintes modalidades: na primeira, o participante andava levantando as pernas para o alto de forma irregular; na segunda, bastava andar de forma mais lenta e, a cada dois passos, levantar um dos joelhos para frente. Já no terceiro exercício, feito num espaço menor, a pessoa deveria andar com passos curtos e levantar a perna para a lateral de vez em quando.
A distância percorrida durante as caminhadas de cinco minutos foi usada para calcular a velocidade média. Avaliando a porcentagem de energia e o estilo de caminhada, os pesquisadores perceberam que os adultos podem atingir 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana caminhando ineficientemente por cerca de 11 minutos/dia. Sendo assim, o gasto energético – também conhecido como gasto de calorias – era mais eficiente. O gasto calórico garante, entre outros benefícios, a perda de peso e evita doenças como a obesidade, segundo a Organização Mundial de Saúde.
“Se uma iniciativa para promover o movimento ineficiente tivesse sido adotada no início da década de 1970, poderíamos agora estar vivendo em uma sociedade mais saudável. Os esforços para promover uma caminhada com mais energia – e talvez mais alegre – devem garantir inclusão e ineficiência para todos”, argumenta o estudo.