30/10/2021 - 13:18
A dois dias da anunciada paralisação nacional dos caminhoneiros, as principais lideranças da categoria seguem buscando apoio e adesão. O congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis, anunciado nesta sexta-feira (29) pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) não acalmou os ânimos dos caminhoneiros, segundo o painel da Folha de São Paulo.
Os caminhoneiros reivindicam principalmente a mudança na política de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada pela Petrobras para reduzir o preço da gasolina. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) indica que o motorista brasileiro acumula alta de 18,26% de inflação nos últimos 12 meses, a maior ao grupo em 21 anos, puxada pelo aumento do preço do etanol (64,45%), gasolina (40,46%) e gás natural (37,11%)
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Em nota emitida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL) na noite desta sexta-feira (29), a entidade diz que “tudo indica que a paralisação acontecerá em razão do forte descontentamento dos caminhoneiros”.
“A orientação das entidades é que os caminhoneiros façam a partir de segunda-feira, 1º de novembro, protestos e permaneçam parados nos pontos de paradas nas estradas de suas localidades e que não efetuem nenhum tipo de carregamento”, diz a nota.
Segundo o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias, a entidade busca diálogo com as categorias de conteineiros, motoristas de aplicativos e taxistas.
Já José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional do Transporte do Brasil (ANTB), o congelamento do ICMS é “tapar o sol com a peneira”, disse à Folha.
Entre as demandas reivindicadas no comunicado estão: redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras (Preços de Paridade de Importação, que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional); piso mínimo do frete; retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição; aprovação do Marco Regulatório de Transporte Rodoviário de Carga (PLC 75/2018) e criação e melhoria dos Pontos de Parada e Descanso.