20/12/2022 - 9:45
São Paulo, 20 – A Tereos Brasil, produtora de açúcar, etanol e energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar, encerrou a safra 2022/23 com moagem de 17,3 milhões de toneladas de cana, alta de 11% em relação ao registrado no ano anterior. “Investimos em soluções para otimizar e aumentar a eficiência de nossas operações e fomos capazes de entregar uma moagem acima das nossas projeções para o período”, afirmou, em nota, o diretor-presidente da Tereos Brasil, Pierre Santoul.
Em comunicado, a empresa disse que um dos destaques da temporada foi a exportação recorde de etanol. A venda ao exterior aumentou cerca de 25% em relação ao ano anterior e representou 20% da produção anual do biocombustível pela companhia. “Esse crescimento foi possível especialmente devido à obtenção das certificações internacionais CARB (que permite a exportação para a Califórnia, nos EUA) e Bonsucro EU-RED (voltada para o mercado europeu), que permitiram a abertura de novos mercados”, disse a Tereos.
Quanto ao açúcar, o mix de produção da companhia continua fortemente voltado ao adoçante. Segundo a empresa, cerca de 1,6 milhão de toneladas de açúcar foram produzidas no período ante os 480 milhões de litros de etanol e a geração de 1,4 GWh de energia elétrica a partir da biomassa da cana. Já a exportação de açúcar deve atingir 1 milhão de toneladas até maio de 2023, graças a uma parceria com a empresa de logística VLI.
Do lado dos projetos de sustentabilidade, a Tereos relembrou o investimento em cerca de R$ 24 milhões para ampliar a utilização de vinhaça, resíduo da produção de etanol, para fertilização dos canaviais. O desenvolvimento do projeto visa aumentar para 123 mil hectares (+50%) a aplicação do fertilizante natural nas áreas da empresa.
A safra também foi marcada pelo início da operação comercial da primeira planta de biogás da Tereos no País, localizada na unidade Cruz Alta, em Olímpia (SP). Além da geração de energia elétrica, o biogás produzido na planta será destinado à produção do biometano. A meta da empresa é, até 2030, atingir 100% da frota canavieira abastecida com o biocombustível.