O Canadá anunciou na terça-feira, 14, que aprovou o negócio de US$ 8,2 bilhões da Bunge para adquirir a Viterra, apoiada pela Glencore, após as empresas concordarem com concessões para resolver preocupações antitruste. Entre as condições acordadas, a Bunge concordou em vender seis elevadores de grãos no oeste canadense, além de controles rigorosos sobre sua participação minoritária na G3 Global Holdings.

Em abril do ano passado, o órgão antitruste do Canadá alertou que a aquisição poderia causar danos substanciais à concorrência no setor de grãos e oleaginosas. No entanto, a ministra dos Transportes, Anita Anand, que tinha a palavra final sobre a transação, afirmou que a Bunge concordou com um conjunto de termos e condições que protegem a concorrência e garantem benefícios econômicos para o país.

A Bunge tem uma participação de 25% na G3, cujos acionistas incluem a Arábia Saudita e um grupo de agricultores do oeste canadense.

A G3 possui 20 elevadores de grãos no Canadá e elevadores terminais em portos na província de British Columbia, na costa do Pacífico.

Sob os termos acordados, a Bunge enfrenta limitações sobre sua influência nas decisões de preços e investimentos da G3. A Bunge também concordou em manter a sede da Viterra em Saskatchewan.

A Bunge e a Viterra são parceiras importantes para agricultores ao redor do mundo, comprando colheitas e vendendo-as para empresas alimentícias, governos e outros compradores.

As duas têm uma série de plantas de processamento que transformam oleaginosas e grãos em óleo vegetal, combustível, ração animal e outros produtos.

No Canadá, as duas empresas têm ativos que incluem elevadores de grãos, instalações de esmagamento de oleaginosas e elevadores terminais em portos. Fonte: Dow Jones Newswires