O nível do Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento  da capital paulista e da Grande São Paulo, permaneceu estável pelo  segundo dia consecutivo, segundo dados divulgados pela Companhia de  Saneamento Básico do Estado de São Paulo nesta terça-feira, 19. Outros  dois sistemas ficaram estáveis, enquanto três tiveram queda do volume de  água armazenada.

Os reservatórios que formam o Cantareira  operam com 66,1% da capacidade, o mesmo índice dos dois dias anteriores.  Esse dado, tradicionalmente divulgado pela companhia, inclui ao volume  útil do sistema duas cotas de volume morto que já deixaram de ser  captadas.

O Cantareira ficou seis meses sem sofrer redução do nível, quando no domingo, 17, o porcentual recuou 0,1 ponto porcentual.

Nos  19 primeiros dias de abril, choveu apenas 0,9 mm sobre o Cantareira –  bem abaixo do volume esperado, mesmo sendo período seco. Se a média  histórica de abril, que é de 88,7 mm para o mês inteiro, estivesse se  repetindo, já deveria ter chovido 56,1 mm.

O índice que  desconsidera o volume morto do sistema aponta o Cantareira com 36,8% da  capacidade, mesmo índice do dia anterior. Por sua vez, o terceiro  cálculo permaneceu em 51,1%.

Outros mananciais

Além  do Cantareira, os Sistemas Alto Cotia e Rio Claro – os dois mais cheios  da Sabesp – mantiveram o nível de água e operam com 99,1% e 101,6% da  capacidade, respectivamente, nesta terça-feira.

Já o Alto  Tietê perdeu 0,1 ponto porcentual e está com 41,3% da capacidade, contra  41,4% do dia anterior. Os porcentuais consideram o volume morto do  sistema.

Por sua vez, o Guarapiranga, usado para socorrer o  Cantareira durante a crise hídrica, perdeu 0,3 ponto porcentual e opera  nesta terça-feira com 82,1% da capacidade.

A maior queda  aconteceu no Rio Grande, cujo nível desceu 0,4 ponto porcentual e chegou  a 90%. O manancial também é o que recebeu menos chuvas em abril: apenas  0,4 mm.