22/11/2024 - 18:45
Conforme os dados mais recentes da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 2024 já é oficialmente o melhor ano em termos de captação via ofertas no mercado de capitais.
+Dólar fecha semana em alta, cotado a R$ 5,81, com mercado na expectativa pelas medidas fiscais
O último Boletim de mercado de capitais da Anbima mostra que de janeiro a outubro fora R$ 633,6 bilhões captados por empresas, superando o que foi registrado em todos os anos anteriores completos. O recorde anterior era de 2021, que somou R$ 609,9 bilhões em captações de empresas.
Somente em outubro de 2024 foram R$ 90,6 bilhões captados – sendo o segundo mês com maior volume em toda a série histórica.
Os números mostram que as empresas tem utilizados essas formas de captações em detrimento de caminhos como aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês), por exemplo. Desde setembro de 2021, nenhuma companhia estreou na bolsa de valores brasileira, ao passo que emissões de debêntures e captações têm renovado recordes.
As emissões de debêntures atingiram R$ 65,7 bilhões em outubro, o maior volume mensal já registrado – deixando o acumulado do ano em R$ 381,4 bilhões, valor que também recorde e que supera todos os anos completos anteriores.
Segundo a Anbima, os recursos foram destinados principalmente para:
- Investimentos em infraestrutura (25,4%)
- Pagamento de dívidas (24,7%)
- Gestão ordinária (24,6%).
A entidade ainda mostra que os fundos de investimento foram os principais subscritores, sendo responsáveis por 48,1% do volume financeiro total.
“Os instrumentos vêm conseguindo atender empresas de todos os portes e se consolidando como uma fonte alternativa de financiamento importante para o desenvolvimento do país”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da ANBIMA.
Captação por produtos
- Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs): R$ 55,6 bilhões
- Notas comerciais: R$ 37,6 bilhões
- Follow-ons: R$ 25 bilhões
- Fundos Imobiliários (FIIs): R$ 39,9 bilhões
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): R$ 49,6 bilhões
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs): R$ 31,6 bilhões
Mercado externo
No mercado externo as emissões de renda fixa tiveram um montante total de US$ 19,5 bilhões de janeiro a outubro, superando em 25,9% o valor contabilizado em todo o ano de 2023.
Pouco mais de 70% desse volume total é referente a emissões com prazo de 6 a 10 anos.