O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a falar na manhã desta sexta-feira, 7, sobre a importância da aprovação da reforma tributária. Ele destacou que a proposta, o projeto de lei que retoma o voto de qualidade do Conselho de Administrativo de recursos Fiscais (Carf) e o novo arcabouço fiscal são as reformas estruturantes essenciais para o País.

“São projetos estruturantes que vão poder ajudar a fechar o orçamento com o resultados fiscais consistentes para os próximos anos, porque vão permitir equilibrar a política monetária, calibrar a taxa de juros e fazer o País voltar a crescer com taxas expressivas”, destacou.

Ele ainda comentou que o País sente o impacto dos juros altos na arrecadação e que o Brasil precisa romper a barreira de crescimento de 1%, e que esses projetos vão permitir uma harmonização das políticas fiscal e monetária.

Em relação à reforma tributária, Haddad voltou a dizer que ela é fruto de um amadurecimento de País e que não se trata de um projeto de governo e que, portanto, as diferenças partidárias devem ser deixadas de lado. Ele relatou que nas conversas que travou com Arthur Lira (PP-AL), desde a transição, o presidente da Câmara sempre sinalizou que entendia a reforma como uma questão de Estado, por isso trabalharia por seu avanço.

Haddad também destacou esforços de última hora, como a inclusão da manutenção de benefícios para a Zona Franca de Manaus e o fundo de desenvolvimento específico para o Amazonas no texto, mudança feita no terceiro parecer apresentado por Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Também voltou a elogiar o comprometimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se dispôs a discutir pontos sensíveis do texto para buscar um acordo e não se furtou a falar com a imprensa ao lado dele. Essa postura de Tarcísio gerou críticas de opositores do governo, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que tinha se manifestado contrário à reforma.