14/03/2020 - 16:25
A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) confirmou ao Broadcast/Estado que publicou um tuíte neste Sábado (14) em referência à morte do ex-secretário-geral da Presidência Gustavo Bebianno, mas apagou a mensagem em seguida após a repercussão.
A parlamentar postou uma passagem bíblica. “O Senhor dos Exércitos jurou, dizendo: Como pensei, assim sucederá, e como determinei, assim se efetuará. Isaías 14:24. Todos que se colocarem contra o projeto de Deus serão flechados e voltarão, naturalmente, às suas origens”, escreveu Zambelli na rede social.
Zambelli disse que apagou a publicação porque foi mal interpretada. “Eu li que já estão fazendo conjecturas, ligando a morte dele (Bebianno) ao presidente Jair Bolsonaro. Eu só quis dizer que a morte foi natural”, disse a parlamentar.
Ela também confirmou que a publicação fazia referência à morte do ex-ministro. “Era, mas para dizer que a morte foi natural, não para zoar nada”, afirmou.
O ex-ministro Bebianno morreu na madrugada deste sábado aos 56 anos, em Teresópolis, no Rio de Janeiro. Segundo o presidente estadual do PSDB, Paulo Marinho, Bebianno estava em um sítio com seu filho quando se sentiu mal, por volta das 4h. Marinho ainda disse que teria sido um “infarto fulminante”.
Bebianno foi um os principais articuladores da vitoriosa campanha presidencial que elegeu Jair Bolsonaro em outubro de 2018. O advogado se aproximou de Bolsonaro no início de 2017. Após a eleição, Bebianno foi indicado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência.
Logo depois, Bebianno se transformou no pivô da primeira crise política do governo após suspeita de que o PSL, antigo partido do presidente, fez uso de candidaturas laranjas nas eleições. Bebianno, então, que era presidente nacional da sigla na eleição, passou a ser alvo de críticas do filho do presidente e vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e da ala ligada ao grupo do guru bolsonarista Olavo de Carvalho. Ele caiu no 49º dia do novo governo. No início deste mês, Bebianno foi lançado como pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PSDB.