07/07/2022 - 17:37
O edital de patrocínio do carnaval de rua fora de época da cidade de São Paulo não atraiu interessados pela segunda vez nesta quinta-feira, 7. Como já havia sinalizado na semana passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a declarar nesta manhã que a gestão não utilizará recursos públicos no evento, que poderá ser cancelado. Ele afirmou que a única alternativa para a manutenção seria a destinação de verbas por meio de emendas de vereadores.
O evento está marcado para 16 e 17 de julho. Pela indefinição e outras motivações, parte dos blocos inscritos decidiu que não desfilará. Em agenda pública nesta quinta, Nunes destacou que o carnaval de rua de fevereiro está “garantido”, “independentemente de qualquer situação” (de patrocínio, excluindo questões sanitárias eventuais).
Chamado de Esquenta de Carnaval, o evento havia sido anunciado pela gestão em abril, após reivindicações de blocos de rua para desfilarem no mesmo período das escolas de samba, no feriado prolongado de Tiradentes. Reuniões chegaram a ser realizadas com representantes de agremiações paulistanas. Ao todo, 216 blocos foram selecionados a partir de um edital.
Entre os inscritos, estão alguns dos principais blocos que desfilam na cidade, como Agrada Gregos, Bangalafumenga, Lua Vai, Jegue Elétrico, Galo da Madrugada e Minhoqueens. Uma parte desistiu da participação pela indefinição da realização e proximidade da data de realização.
Em 2022, a cidade de São Paulo não teve um carnaval de rua oficial. O evento marcado para fevereiro foi cancelado por razões sanitárias, com a suspensão do patrocínio de R$ 23 milhões que seria pago por uma empresa ligada à Ambev. No Esquenta de Carnaval, o valor mínimo estipulado para patrocínio foi de R$ 10 milhões, na primeira publicação, e R$ 6 milhões, na segunda tentativa.