Quem nunca ouviu um colega dizer que estava estressado e que achava que sua pressão estava batendo no teto? Trabalho e atividade cardíaca estão intrinsicamente ligados e isso qualquer um que tenha que mostrar resultados sob pressão sabe. Por isso, é preciso ter cuidado e alinhar trabalho e bem-estar. 

A última descoberta para busca de uma vida mais saudável vem de um estudo que mostra que doenças cardiovasculares, como a hipertensão iminente, estão associadas a problemas de saúde mental. O trabalho foi conduzido pelo Instituto Max Planck de Ciências Humanas Cognitivas e do Cérebro, na Alemanha

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No estudo, pesquisadores confirmaram duas associações aparentemente contraditórias de hipertensão arterial com saúde mental: a pressão arterial sistólica – maior pressão de sangue no coração – mais alta foi associada a menos sintomas depressivos e maior bem-estar no exame inicial. Em paralelo, a presença de um diagnóstico de hipertensão foi associada a mais sintomas depressivos e menor bem-estar. 

Com dados de cerca de 500 mil participantes coletados da UK Biobank, o estudo confirmou que as associações observadas eram robustas a vieses de medicamentos (anti-hipertensivos e antidepressivos), doenças crônicas e fatores sociais. 

“Nossos resultados apoiam a noção de que a relação entre pressão arterial e saúde mental pode estar envolvida no desenvolvimento de hipertensão arterial com implicações potenciais para o desenvolvimento de novas abordagens preventivas e terapêuticas para hipertensão”, argumentam os pesquisadores. 

Jornadas exaustivas podem acarretar doenças

Outro estudo, produzido pela Universidade da Austrália Meridional, procurou avaliar a associação entre longas jornadas de trabalho, clima de segurança psicossocial, engajamento no trabalho e depressão.

Segundo os pesquisadores, resultados sugerem que o baixo nível de segurança psicossocial no local de trabalho e as jornadas de trabalho potencialmente longas (41–48; ≥55 horas/semana) aumentam o risco de novos sintomas de depressão maior.