30/05/2012 - 21:00
A disparada do dólar animou um pequeno grupo de investidores: os cotistas de fundos cambiais. Os patinhos feios das aplicações viraram cisnes em maio. Lideraram o ranking de rendimento da Anbima, com média de 6,47% até dia 18. Com a bolsa e juros em queda ao mesmo tempo, o rendimento dos cambiais se sobressai. Três carteiras geridas por Bradesco, Itaú e Banco de Tokyo renderam mais de 10% neste ano, segundo dados da Economática. “Num cenário externo de aversão a risco, com a possível saída da Grécia do euro, esses fundos voltam ao foco dos investidores”, afirma o diretor da asset do Banco de Tokyo, Edson Takakura.
Alto risco: os próprios gestores não recomendam aplicar mais que 10% do patrimônio.
Mas todo cuidado é pouco para investir em câmbio. Em primeiro lugar, o Banco Central já mostrou que intervirá se o dólar passar muito de R$ 2, o que restringe a rentabilidade futura. O melhor é usar esses fundos como proteção, por exemplo, do dinheiro reservado para uma viagem ao Exterior. O superintendente da gestora do Itaú Unibanco, Ronaldo Patah, não recomenda alocar mais que 10% do patrimônio nessas carteiras, e aplicar por pelo menos um ano. “O dólar oscila muito de um dia para outro”, diz. Os investidores entendem o risco: o patrimônio dos cambiais é de R$ 1 bilhão, uma fração dos R$ 400 bilhões alocados nas carteiras DI.