29/05/2020 - 18:09
A conta oficial da Casa Branca no Twitter publicou nesta sexta-feira (29) uma mensagem do presidente Donald Trump sobre os protestos em Minneapolis , reportada no Twitter como “apologia à violência”.
O Twitter chegou a ocultar a postagem da conta @WhiteHouse, mas permitiu seu acesso devido ao “interesse público”.
O embate marcou uma nova escalada no confronto entre a rede social e Trump, que tem mais de 80 milhões de seguidores e usa tuítes diariamente para anunciar políticas, atacar seus oponentes e comentar as últimas notícias.
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O presidente americano assinou um decreto na quinta-feira com o objetivo de limitar a liberdade das redes sociais em decidir sobre seu conteúdo.
Algumas horas depois, ele tuitou uma mensagem sobre os protestos violentos em Minneapolis após a morte de um homem negro, George Floyd, preso por policiais brancos.
Os protestos deixaram centenas de empresas danificadas e uma delegacia em chamas.
“Estes bandidos estão desonrando a memória de George Floyd, e não deixarei que isso aconteça. Acabo de falar com o governador Tim Walz e lhe disse que o exército está completamente ao seu dispor. Diante de qualquer dificuldade, assumiremos o controle, mas quando os saques começarem, o tiroteio começará. Obrigado! “, tuitou o presidente.
O Twitter respondeu rapidamente, ocultando a postagem com a seguinte mensagem: “Este tuíte violou as regras do Twitter sobre apologia à violência”.
No entanto, o Twitter determinou que seria do interesse público que a postagem permanecesse visível”.
O tuíte de Trump pode ser visto quando clicado na postagem.
A rede social fez o mesmo na manhã desta sexta-feira com o tuíte da Casa Branca.
Um dos conselheiros próximos do presidente, Dan Scavino, particularmente preocupado com a estratégia das mídias, avançou em ataques às redes sociais.
“O Twitter apenas conta mentiras, mais e mais pessoas estão começando a perceber isso”, tuitou.
Trump acusa o Twitter de tomar “decisões editoriais” e mostrar “ativismo político” na escolha das mensagens que decide enviar para verificação.
Na terça-feira, o Twitter, frequentemente acusado de ser negligente ao lidar com comentários feitos por governantes, postou duas mensagens de Trump, acrescentando a menção: “Verifique a informação”.
Havia dois tuítes nos quais o presidente declarou que o voto pelo correio era necessariamente “fraudulento” porque estava sujeito à manipulação.
A questão é particularmente sensível em um ano eleitoral interrompido pela pandemia de coronavírus e que suscita dúvidas sobre como serão organizadas as eleições presidenciais dos EUA em 3 de novembro, nas quais Trump busca a reeleição.
“Esses tuítes contêm informações potencialmente enganosas sobre o processo de votação e foram reportados”, disse um porta-voz do Twitter na época.