Um casal de espiões americanos foi preso há um mês ao tentar vender informações confidenciais roubadas relativas a submarinos nucleares. Nesta terça-feira (15), o jornal New York Times divulgou que o país escolhido pelo casal para tentar vender os segredos dos Estados Unidos foi o Brasil.

O engenheiro naval Jonathan Toebbe e sua mulher, Diana, roubaram milhares de páginas de informações secretas da marinha americana, em Washington. No entanto, enfrentaram o dilema moral: para quem vender?

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O casal evitou procurar países hostis aos Estados Unidos, como Rússia ou China, o que é moralmente condenável, segundo troca de mensagens divulgadas pela Justiça. Eles procuraram um país amigável e disposto a investir milhões no desenvolvimento da tecnologia e chegaram à conclusão de que o Brasil seria a melhor opção.

Toebbe, então, enviou uma carta oferecendo as informações à inteligência militar brasileira em abril de 2020. O plano, porém, fracassou: oficiais brasileiros levaram a carta ao FBI, a polícia federal dos Estados Unidos.

Então, em dezembro de 2020, o FBI infiltrou um agente para se passar por um oficial brasileiro e ganhar a confiança do espião. O casal foi preso em Annapolis, Maryland, em outubro de 2021, acusado de espionagem.

Jonathan pode pegar até 17 anos de prisão, enquanto sua mulher pode ser presa por até três anos pela cumplicidade.

Um submarino nuclear não necessariamente possui a capacidade de lançar uma bomba atômica. Ele é movido pela energia produzida em um reator nuclear e pode navegar em águas profundas, o que dificulta sua localização por radares. Submarinos nucleares alcançam mais velocidade, têm mais propulsão e necessitam retornar à superfície com menos frequência do que os movidos a diesel ou eletricidade.