O número de mortes provocadas por H1N1 aumentou 50% em uma semana.  Boletim divulgado na manhã desta terça-feira, 19, pelo Ministério da  Saúde, com dados reunidos até o dia 9, mostra que 153 pessoas faleceram  em virtude de complicações provocadas por esse subtipo de vírus  influenza.

No balanço anterior, o número contabilizado era  de 102 óbitos. O ritmo do aumento de casos da infecção foi semelhante.  Em uma semana, os registros de pacientes com a doença passou de 686 para  1.012, o equivalente a 47%. Um caso é importado, da França.

O  aumento de casos foi identificado em todas as regiões do País. Sudeste  segue em primeiro lugar, com 758 casos notificados – aumento de 37% em  relação ao boletim anterior. No Sul, foram identificados 133 casos, 95% a  mais do que identificado semana passada, quando 68 infecções haviam  sido contabilizadas. No Centro-Oeste ocorreram 71 casos, e no Nordeste,  33. Norte apresente 16 registros de infecções.

Das mortes  registradas, 103 foram identificadas no Sudeste. São Paulo, sozinho,  respondeu por 91 dos óbitos da região. No Sul, foram 18 mortes – dez em  Santa Catarina, seis no Rio Grande do Sul e duas no Paraná. No  Centro-Oeste, foram contabilizadas 17 mortes. O maior registro de mortes  aconteceu em Goiás, com nove casos.

Técnicos da Vigilância  das Doenças Transmissíveis ouvidos pelo Estado afirmam que os números  apresentados no boletim, embora assustem à primeira vista, seguem o  perfil esperado para a epidemia. A tendência é de que o número de casos  continue a aumentar.

O fato de alguns Estados terem  antecipado a vacinação contra influenza entre grupos de risco, avaliam,  não é suficiente para interromper o ciclo da epidemia em um período tão  curto. A vacina começa a ter efeitos protetores duas semanas depois da  aplicação.

Além disso, o principal objetivo da vacinação é  evitar número de casos graves, complicações e óbitos. Tal impacto,  completam, começará a ser notado nas próximas semanas, quando a  cobertura vacinal entre grupos mais vulneráveis aumentar e o grupo já  começar a apresentar maior proteção contra o vírus influenza.