Por Jennifer Rigby

LONDRES (Reuters) – Os casos de sarampo aumentaram 79% nos primeiros dois meses deste ano em relação a 2021, depois que a Covid-19 e as restrições impostas na pandemia interromperam as campanhas de vacinação infantil em todo o mundo, segundo dados do Unicef e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em janeiro e fevereiro, houve 17.338 casos de sarampo relatados em todo o mundo, acima dos 9.665 no mesmo período do ano passado.

O sarampo é uma doença muito contagiosa que pode ser particularmente perigosa para crianças e bebês. Ele se espalha mais rapidamente do que Ebola, gripe ou Covid-19.

A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, descreveu as deficiências de imunização combinadas com o retorno às atividades sociais como uma “tempestade perfeita”.

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“O sarampo é mais do que uma doença perigosa e potencialmente mortal. É também uma indicação precoce de que existem lacunas em nossa cobertura global de imunização, lacunas com as quais as crianças vulneráveis ​​não podem arcar.”

Os cinco países com os maiores surtos de sarampo nos últimos 12 meses foram Somália, Libéria, Iêmen, Afeganistão e Costa do Marfim. Houve 21 grandes surtos durante esse período.

As campanhas de vacinação infantil foram afetadas em todo o mundo durante a pandemia de coronavírus, e não houve uma recuperação total desta situação.

No início de abril, 58 campanhas em 43 países ainda estavam adiadas, impactando 212 milhões de pessoas –a maioria crianças. Dezenove dessas campanhas são contra o sarampo, colocando 73 milhões de crianças em risco, disseram o Unicef e a OMS.

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