DOHA (Reuters) – O Catar iniciou uma investigação de segurança no trabalho sobre a morte de um trabalhador, disseram autoridades do Catar nesta quinta-feira, após relatos de que um filipino morreu em um local de treinamento durante a Copa do Mundo, marcada por controvérsias sobre o tratamento aos trabalhadores imigrantes.

Nasser Al Khater, chefe-executivo da Copa do Mundo de 2022 em Doha, confirmou à Reuters que um trabalhador morreu, sem fornecer detalhes, e afirmou que “a morte é uma parte natural da vida” ao apresentar condolências à família.

A publicação esportiva online The Athletic informou na quarta-feira que um filipino contratado para consertar as luzes em um estacionamento no Sealine Resort, local de treinamento da seleção saudita, morreu depois que “escorregou de uma rampa enquanto caminhava e caiu de cabeça contra o concreto”.

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Citando várias fontes não identificadas, a publicação disse que o acidente ocorreu durante a Copa do Mundo, mas não especificou quando.

O resort não respondeu imediatamente a uma pergunta da Reuters.

“Se a investigação concluir que os protocolos de segurança não foram seguidos, a empresa estará sujeita a ações legais e severas penalidades financeiras”, disse outra autoridade do governo do Catar em comunicado, quando contatada pela Reuters.

“A taxa de acidentes relacionados ao trabalho diminuiu consistentemente no Catar desde que os rígidos padrões de saúde e segurança foram introduzidos e a fiscalização foi intensificada”, afirmou a autoridade.

O Catar está sob crescente escrutínio de grupos de direitos humanos desde que recebeu o direito de sediar a Copa do Mundo em 2010 devido ao tratamento dado aos trabalhadores imigrantes, que representam a maioria da população do Estado do Golfo Árabe.

O torneio, o primeiro a ser realizado no Oriente Médio, onde outros países também enfrentam críticas sobre os direitos dos trabalhadores imigrantes, está atolado em polêmica, com algumas estrelas do futebol e autoridades europeias criticando o histórico de direitos humanos do Catar.

Os organizadores da Copa do Mundo do Catar, o Comitê Supremo de Entrega e Legado, disse em comunicado que não estava envolvido na investigação porque o trabalhador que morreu estava trabalhando como terceirizado.

(Por Andrew Mills e Iain Axon)

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