Centrais sindicais e movimentos sociais já dão como certa a adesão de diversas categorias na paralisação convocada para esta sexta-feira, 28, contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). As reformas da Previdência e trabalhista são os principais alvos.

A greve geral ganhou corpo com o anúncio de adesão dos aeroviários dos maiores terminais do País e também dos funcionários dos Correios.

Os aeroviários dos principais aeroportos brasileiros devem cruzar os braços, segundo o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA). A categoria representa quem exerce atividades no solo, como serviços de check-in e bagagem. A maior parte dos funcionários do terminal de Guarulhos deve parar a partir das 6h da sexta-feira, diz a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac). A expectativa é que só 30% trabalhem. Em Congonhas, também há confirmação de greve.

Segundo fonte ouvida pelo jornal O Estado de S. Paulo, entre as alternativas estudadas nos bastidores pelos aeronautas – categoria que reúne pilotos e comissários – está parar os voos com destino a Brasília ou que têm origem na cidade, para chamar a atenção dos parlamentares. Caso seja aprovado pelos representantes dos aeronautas, o ato coincidiria com a votação do parecer da reforma da Previdência.

Nos Correios, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect), a expectativa é que mais de 200 agências deixem de abrir.

Braços cruzados

Na capital paulista, metroviários, motoristas de ônibus e professores devem parar na sexta-feira. O Sindicato dos Metroviários e dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano prometem paralisação geral.

O governo paulista entrou com um pedido de liminar para que os funcionários do Metrô e da CPTM não parem suas atividades, mas o parecer do Ministério Público estadual foi contrário à ação. Entretanto, no fim da tarde desta quarta-feira,26, a Justiça acolheu o pedido de liminar e determinou que os trabalhadores não parem, sob pena de pagar multa de R$ 937 mil. A decisão é provisória e cabe recurso.

Os sindicatos que representam os professores da rede estadual de São Paulo, municipal e particular também prometem paralisar suas atividades. Além dessas categorias, metalúrgicos, bancários e petroleiros também aderiram à paralisação. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), todas as categorias vinculadas à entidade aderiram à greve e vão parar em cidades dos 26 Estados e no Distrito Federal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.