05/04/2020 - 9:54
O Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, ambém está com as atividades presenciais suspensas para prevenir a propagação de covid-19, mas o Programa CCBB Educativo continua ativo pelo site www.ccbbeducativo.com, com o conteúdo ampliado das ações realizadas presencialmente entre 2018 e 2020.
São mais de 100 títulos de eventos que reúnem relatos de especialistas, resumos, arquivos, vídeos e links. Os conteúdos são direcionados para todos os públicos, especialmente para estudantes, professores e comunidade escolar.
Para conhecer a atuação do CCBB na área de arte e educação, acesse www.ccbbeducativo.com e depois busque a seção Arquivo Vivo, onde está todo o material com opções de filtros por ano, mês, cidade e atividade. É possível navegar por eventos realizados nas quatro unidades do Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
O que tem no Arquivo Vivo
Textos, fotografias, vídeos de cursos e eventos dos segmentos Lugar de Criação, Transversalidades, Múltiplo Ancestral, Com a Palavra e Laboratório de Crítica, já realizados nos CCBBs, estão preservados no Arquivo Vivo. Alguns destaques são: cursos com Divino Sobral, Fernando Maculan, Denilson Baniwa, Beatriz Lemos, Julia Rebouças, Monica Hoff, Leno Veras, Paulo Tavares, Renata Bittencourt; atividades com Lia Chaia, Leo Ladeira, Sallisa Rosa, Benedikt Wiertz, Alice Shintani, Jorge Menna Barreto, Fabio Cypriano; visitas mediadas por Fernanda Pitta, Renato Cymbalista, Eloisa Brantes, Negro Leo, GOG.
Exemplos
Eu Posso, Podemos. Grupo Batucadeiros. Múltiplo Ancestral – março de 2020, Brasília.
O grupo Batucadeiros mostrou na prática, durante o evento, como a música motiva, reúne, abre caminhos. Ali, artistas produzem sons, estimulam a plateia, e logo eles formam um só grupo. Os sons são as palmas, estalar dos dedos, batidas no peito. A ideia é essa, mostrar que o corpo é também uma ferramenta de comunicação sonora e de contato com o outro e o mundo. O Batucadeiros nasceu em 2001 no Recanto das Emas, região administrativa do Distrito Federal, como um projeto para crianças e adolescentes. Hoje, é um movimento de resgate da cidadania e construção identitária. A música corporal é seu principal recurso para a atividade educativo-musical.
Imagina Rio & Deriva Fluvial. Lugar de Criação com o coletivo Às Margens – julho de 2019, BH.
A importância da água, dos rios, as cidades e as ações desenvolvidas a partir dessa percepção. O coletivo Às Margens, formado pelas urbanistas Aline Francesquini e Isabela Izidoro, levou à criação da oficina de jovens que pesquisou rios e criou o Imagina Rio, um jogo de tabuleiro sobre rios e aspectos marcantes da cidade onde moram. Esse trabalho foi levado para o pátio do CCBB na capital mineira e tornou-se logo atração. No dia seguinte, as arquitetas completaram o trabalho levando para o espaço outro jogo, Deriva Fluvial, um convite a visitar, investigar, sinalizar cursos d’água sob asfalto ou sob a terra que alimentam a vida da cidade. Jovens, professores e monitores se engajaram encantados na experiência.
O Cinema como Paisagem Onírica. Transversalidades – junho de 2019, Brasília
Ficou a cargo da curadora e pesquisadora Lila Foster tratar sobre um tema que conquista um público amplo, de todas as idades. Ela propôs uma reflexão a partir dos primórdios, do surgimento da sétima arte, seguindo para os experimentos cinematográficos, a animação, o cinema experimental e a produção contemporânea, para chegar à importância do cinema em sala de aula como instrumento de educação.
Da Exposição à Sala de Aula (Transversalidades – outubro de 2019, SP)
Participação da doutora em artes Rejane Coutinho, que tem a sua marca no Programa CCBB Educativo. Em sua explanação, ela voltou o olhar passado para compreender o presente e retomou experiências para fundamentar processos formativos de educação. Foi ela quem coordenou, entre 2001 e 2007, a formação dos educadores mediadores no Centro Cultural, quando a instituição abria a sede de São Paulo (as do Rio de Janeiro e de Brasília já funcionavam). Era um momento de virada no mundo das artes, quando as grandes exposições dos anos de 1990 atraíram grandes públicos a museus e centros culturais.
CCBB São Paulo
O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo foi inaugurado em 21 de abril de 2001. O edifício localizado no coração histórico da cidade, na região turística conhecida por Triângulo SP – área geográfica entre o Pateo do Collegio, Mosteiro São Bento e Largo São Francisco, foi comprado em 1923 pelo Banco do Brasil. Em 1927, após uma reforma projetada pelo arquiteto Hippolyto Pujol, tornou-se a primeira agência em imóvel próprio do Banco do Brasil na capital paulista.
Em outubro de 1999 foram iniciadas as obras para que o prédio se tornasse o Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. Os elementos originais foram restaurados, mantendo assim as linhas que o tornam um dos mais significativos exemplos da arquitetura do início do século 20.
O CCBB oferece uma programação regular e acessível a todos os públicos, contemplando as mais diversas manifestações culturais, nas áreas de artes plásticas, audiovisual, música, dança, teatro, palestras, debates, além de programa educativo, que atua para potencializar a programação.