15/04/2019 - 15:33
Depois de uma hora reunidos os coordenadores partidários da Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) deixaram o encontro sem um acordo. Eles tentaram encontrar um consenso sobre a ordem da pauta do dia, se a proposta do Orçamento Impositivo seria votada antes da Previdência. Não houve consenso, o que deve atrasar o debate de ambas as matérias.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) foi um dos primeiros a deixar a reunião. Ele disse que as divergências sobre a reforma da Previdência barraram o entendimento. “As visões são diferente sobre a velocidade de tramitação da PEC da Previdência”, disse. “O governo está com uma pressa enorme mesmo sabendo que ela é impopular”, afirmou.
Segundo Valente, os partidos de centro vão pedir a inversão de pauta para que o Orçamento seja a prioridade do dia. “Acho que vai ter maioria para isso passar”, afirmou. “A velocidade de como ele vai tramitar hoje vai depender do número de inscritos e o que os partidos retirem os nomes da discussão. A Previdência vai entrar depois da votação, se não houver pedido de vista”, disse.
Sem o acordo, governistas vão tentar barrar a mudança. O PSL e o partido Novo, que é defensor da celeridade da Previdência, podem apresentar um pedido de vista quando o Orçamento entrar na pauta e, isso, pode trazer a Previdência de volta para o debate do dia.
Durante a reunião, foi cogitado que, para que houvesse acordo, o presidente do colegiado Felipe Francischini (PSL-PR), invertesse a pauta, por ofício, sem a necessidade da mudança i votação. A vice-presidente da CCJ, Bia Kicis (PSL-DF), não concorda que essa tática deveria ter sido feita. “Seria chamar a decisão para si”, disse ela ao deixar a reunião.
Com isso, a reunião da CCJ já está com mais de uma hora de atraso. O início estava marcado para às 14h.