30/12/2019 - 20:16
O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um derivativo que protege contra calotes na dívida soberana, terminou a segunda-feira, 30, em 99 pontos, se mantendo nos níveis mais baixos desde 2010, de acordo com cotações da IHS Markit.
Na mínima do ano, o CDS do Brasil, um termômetro do risco-país, chegou a cair para o patamar de 95 pontos em meados de dezembro. Em 2019, o CDS do Brasil acumulou queda de 52%. No início de janeiro, a taxa estava em 208 pontos. Foi um dos ritmos de queda mais fortes entre emergentes. Só em dezembro, a taxa recuou 22%.
A taxa do CDS do Brasil termina 2019 menor que a de países como Itália, que tem CDS de 125 pontos.
A queda do CDS para níveis de quando o Brasil era classificado como grau de investimento, segundo traders, reflete a perspectiva de melhora das contas fiscais com a aprovação da reforma da Previdência e das projeções de maior expansão da economia em 2020. A aceleração do Produto Interno Bruto (PIB) também contribuiu para melhores resultados fiscais do governo, pois faz a arrecadação subir.
O banco francês Crédit Agricole prevê que o País deve ter em 2020 o maior ritmo de crescimento do PIB em 7 anos, com alta de 2,1%. Para 2021, a expansão deve ser de 2,8%.