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Bárbara Leôncio: dos centros esportivos municipais para as pistas de atletismo dos Jogos Pan-Americanos

 

Bárbara Leôncio da Silva, Maryna Rocha, Rosângela Cristina, Willian Corrêa Ferreira, Clarisse dos Santos e Ricardo de Carvalho Braiuko ainda são nomes pouco conhecidos fora dos círculos de basquete e atletismo. Apesar disso, eles já podem se considerar campeões dos Jogos Pan-Americanos 2007, evento que acontece em julho no Rio de Janeiro. E não se trata de nenhum exagero. Eles são a parte mais visível do esforço empreendido pela Prefeitura do Rio para tornar a cidade um celeiro de atletas. ?Mais do que esportistas, estamos formando cidadãos conscientes de seu papel na sociedade?, destaca Ruy Cezar, titular da Secretaria Especial do Pan-Americano. O treinamento deste contingente acontece nas Vilas Olímpicas e nos Centros Esportivos espalhados pela cidade. Bárbara Leôncio é um bom exemplo do sucesso dessa política, iniciada em 2001. Com apenas 15 anos ela obteve uma vaga na equipe que disputará o revezamento 4X100 metros de atletismo no Pan 2007. Um feito e tanto para a estudante da Escola Municipal Silveira Sampaio, situada no bairro de Curicica, e cujo currículo já ostenta outra marca impressionante: a medalha de bronze no Pan-Americano Juvenil, realizado em Windsor (Canadá) em 2005.

As atenções da Prefeitura carioca, contudo, não estão limitadas aos superatletas. Segundo o secretário Cezar, a política adotada pelo governo municipal procura abranger todos os jovens, inclusive os deficientes físicos. Com um orçamento de R$ 300 milhões para este ano, a Secretaria de Esporte e Lazer da Prefeitura consegue atender cerca de 200 mil crianças e adolescentes por ano. Nessa conta não estão incluídos os alunos da rede pública que desde os quatro anos de idade participam das aulas de educação física. Neste contexto, os centros e as vilas olímpicas funcionam como uma extensão das escolas públicas, garantindo lazer de qualidade para quem vive nos bairros da periferia. E não pára por aí. Quem passa por estas peneiras é encaminhado para clubes onde tem a chance de se tornar um atleta profissional. Na avaliação de Alexandre Luzzi Las Casas, professor-titular da PUC-SP e especialista em marketing esportivo, ao apostar na ?prata da casa? a Prefeitura do Rio ajuda a despertar o interesse dos habitantes na competição. Além disso, cria uma onda capaz de realçar os aspectos positivos da cidade. ?Trata-se de uma boa jogada de marketing esportivo e social?, opina.