02/06/2022 - 6:14
Os principais acontecimentos desde o início da invasão russa da Ucrânia, há 100 dias, que já deixou dezenas de milhares de mortos.
– Início da invasão –
Em 24 de fevereiro, o presidente Vladimir Putin anunciou uma “operação militar” para defender as “repúblicas” separatistas do Donbass no leste ucraniano, onde acabam de reconhecer a independência.
As forças terrestres russas penetram no território ucraniano.
No dia 26, o exército russo recebe a ordem de intensificar a ofensiva.
A União Europeia anunciou a primeira compra e entrega de armas à Ucrânia. Os ocidentais aplicam sanções econômicas contra a Rússia cada vez mais rígidas.
+ Guerra na Ucrânia: os 100 dias que desafiam a ordem mundial
– Primeiras negociações –
No dia 28, Moscou e Kiev iniciam negociações.
Vladimir Putin exige o reconhecimento da Crimeia como território russo, um “status neutro” para a Ucrânia e sua “desnazificação”. Moscou busca há meses garantias de que Kiev jamais integrará a Otan.
Em 2 de março, tropas russas chegam a Kharkiv (norte), segunda maior cidade do país. Ao sul, Kherson, próxima da Crimeia, fica sob controle russo.
No dia 8, o presidente americano, Joe Biden, decreta um embargo sobre o gás e petróleo russo.
No dia 10, os líderes dos 27 países-membros descartam uma rápida adesão da Ucrânia à UE, exigida pelo presidente Volodimir Zelensky, ao mesmo tempo em que abrem as portas para estreitar os laços.
– Mariupol assediada –
No dia 21, Bruxelas denuncia “um grande crime de guerra” em Mariupol, um porto estratégico no Mar de Azov.
Dezenas de milhares de pessoas estão presas lá. Uma maternidade, depois um teatro onde os civis estão abrigados são bombardeados.
No dia 24, a Otan decide equipar a Ucrânia contra a ameaça química e nuclear e reforça suas defesas em seu flanco leste.
No dia seguinte, Moscou anuncia que estava se concentrando na “libertação do Donbass”.
– Horror em Bucha –
Em 2 de abril, a Ucrânia anuncia ter retomado o controle da região de Kiev após a retirada das forças russas, que se deslocam para o leste e o sul do país.
Em diversos locais próximos de Kiev, como Bucha, a descoberta de dezenas de cadáveres de civis provoca forte reação internacional.
No dia 8, um bombardeio da estação de trem de Kramatorsk (leste) deixa 57 mortos.
– Navio russo é afundado –
No dia 14, os ucranianos alegam ter atingido com mísseis o Moskva, principal navio de guerra da frota russa no Mar Negro. Segundo Moscou, o navio afundou após um incêndio causado pela explosão de munição a bordo.
No dia 21, Vladimir Putin reivindica o controle de Mariupol, mas cerca de 2.000 soldados ucranianos, entrincheirados no complexo siderúrgico Azovstal com mil civis, ainda resistem.
No dia 27, o exército ucraniano reconhece um avanço russo no leste, com a captura de várias cidades na região de Kharkiv e Donbass.
– Candidatura à Otan –
Em 3 de maio, forças russas e pró-russas lançaram um “poderoso ataque” contra a siderúrgica Azovstal.
No dia 8, sessenta pessoas foram dadas como desaparecidas após o bombardeio de uma escola na região de Lugansk.
No dia 18, Suécia e Finlândia apresentam seus pedidos de adesão à Otan.
No dia 19, o Congresso americano libera 40 bilhões de dólares para apoiar o esforço de guerra ucraniano.
No dia seguinte, o G7 promete 19,8 bilhões de dólares para ajudar Kiev.
– Azovstal sob controle russo –
No dia 20, Moscou anuncia o controle da Azovstal. De acordo com Kiev, Mariupol está 90% destruída e pelo menos 20.000 pessoas morreram na cidade.
A leste, as cidades de Severodonetsk e Lyssytchansk constituem o último bastião de resistência ucraniana na região de Lugansk, no Donbass.
No dia 23, um soldado russo foi condenado em Kiev à prisão perpétua no primeiro julgamento por crimes de guerra desde o início da invasão.
As forças russas intensificam sua ofensiva no Donbass.
No dia 28, Moscou confirma a tomada por separatistas pró-russos da localidade chave de Lyman. As forças russas controlam “parte” de Severodonetsk, segundo o governador regional no dia 31.
– Embargo do petróleo russo –
Os líderes da UE chegam a um acordo no dia 30 para reduzir as importações de petróleo russo em cerca de 90% até o final do ano.
Depois de impor a mesma medida à Finlândia, Bulgária e Polônia, a russa Gazprom suspende suas entregas de gás para a Holanda no dia 31, diante da recusa de pagamento em rublos.
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