27/02/2022 - 21:21
Vestindo roupas com as cores da bandeira ucraniana e exibindo cartazes dizendo “Não à Terceira Guerra Mundial!” e “Russos vão para casa!”, centenas de milhares de pessoas se manifestaram neste domingo em cidades ao redor do mundo para denunciar a invasão à Ucrânia.
De Berlim a Bagdá e de Washington a São Petersburgo, manifestantes gritaram “Vergonha!” para o presidente russo, Vladimir Putin, enquanto outros agitavam cartazes com os dizeres “Putin assassino!” ou “Parem o monstro!”.
Em Berlim, 100 mil pessoas foram às ruas, informou a polícia, enquanto os organizadores falaram em uma multidão de meio de milhão de participantes.
Reunidos em frente ao Portão de Brandemburgo e ao Reichstag, prédio da Câmara dos Deputados, os manifestantes carregavam bandeiras em amarelo e azul, as cores nacionais da Ucrânia.
“Berlim a 670 km da linha de frente”, “Stop the Killer” (“Pare o assassino”, em português), “Não à Terceira Guerra Mundial” eram algumas das frases em faixas e cartazes dos manifestantes, que responderam em massa ao chamado da comunidade ucraniana que vive na Alemanha.
“Minha mãe está (abrigada) em um porão, (…), meu pai, em casa, no primeiro andar de um bairro ao norte de Kiev”, contou uma das participantes, a ucraniana Valeria Moiseeva, de 35 anos velho, que está grávida.
“Acho importante que a Alemanha se comprometa com a democracia na Europa e também é nossa responsabilidade”, disse Hans Georg Kieler, de 49 anos.
Desde quinta-feira, manifestações acontecem todos os dias na capital alemã, especialmente em frente à imponente embaixada da Rússia, construída na avenida Unter den Linden, uma das grandes artérias que levam ao Portão de Brandemburgo.
A Alemanha abriga mais de 300.000 pessoas de origem, ou nacionalidade, ucraniana em seu território e também conta com uma grande diáspora russa, sobretudo, em Berlim.
Em Praga, 70 mil pessoas foram às ruas, e em Amsterdã, 15 mil.
– Protesto em São Petersburgo –
Em São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, cerca de 400 pessoas desafiaram as leis que proibem protestos, marchando com cartazes que diziam “Nada de guerra!”, “Russos vão para casa!” e “Paz para a Ucrânia”.
Mais de 2.000 pessoas foram presas em passeatas em todo o país, após milhares de prisões ao longo da semana, mas os manifestantes permaneceram firmes.
Nos Estados Unidos, a capital, Washington foi cenário de uma mobilização que reuniu milhares de pessoas com bandeiras ucranianas e americanas em frente à Casa Branca, onde exigiram que o presidente Joe Biden faça mais para deter a agressão de Putin.
Americanos foram às ruas em todo o país para denunciar Putin e expressar seu apoio ao povo ucraniano, de São Francisco a Detroit, Chicago e Kansas City. Milhares também se manifestaram na cidade canadense de Toronto.
Na Lituânia, a líder da oposição bielorrussa Svletana Tijanóvskaya liderou centenas de compatriotas em um protesto contra o regime de Mink, por permitir que Putin use seu território como base para atacar a Ucrânia.