O Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC) aconselhou a utilização de máscaras faciais cirúrgicas em casa perante casos suspeitos ou confirmados de covid-19, visando proteger indivíduos vulneráveis e evitar infecções com a variante Ômicron.

“A utilização de uma máscara facial médica ou com um respirador deve ser considerada para pessoas com sintomas ou com covid-19 confirmado e para as pessoas que compartilham o seu núcleo familiar, especialmente quando o isolamento da pessoa com sintomas ou caso confirmado não é possível”, recomenda o ECDC.

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Num relatório publicado sobre a utilização de máscaras faciais na sociedade no contexto da variante de preocupação do SARS-CoV-2 Ômicron, a agência europeia de aconselhamento aos países aponta que esta forma de proteção “pode ajudar a reduzir a propagação da covid-19 na comunidade, reduzindo a libertação de gotículas respiratórias de indivíduos assintomáticos, pré-sintomáticos ou com sintomas leves não específicos”.

“A utilização de máscaras faciais para este fim pode ser adotada para reduzir o impacto social associado à ausência do trabalho ou a pressões sanitárias devido a infeções ou para proteger indivíduos vulneráveis em determinados ambientes”, acrescenta o centro europeu.

De acordo com o ECDC, em ambientes domésticos, o uso de uma máscara facial também “deve ser considerado como uma das várias medidas possíveis, tais como lojas, supermercados, centros de transporte e em transportes públicos”. Já para espaços exteriores, a agência europeia só aconselha as máscaras faciais quando “o distanciamento físico não é possível”.

Em espaços de cuidados, como lares de idosos, “devem ser consideradas máscaras faciais, para proteger pessoas vulneráveis, como os idosos e as pessoas com condições médicas subjacentes”, devendo ser usadas também por quem “interagein regularmente com esta população”.

O ECDC avisa, ainda assim, que “o uso apropriado de máscaras faciais é importante”, devendo “cobrir completamente o rosto desde a ponte do nariz até ao queixo”. Quanto ao tipo de máscara, o centro europeu adianta que a escolha deve ter em conta “o acesso, disponibilidade e tolerabilidade, além da eficácia”, sendo que as médicas são “em geral as mais eficazes”.

A posição surge em um momento de elevado ressurgimento de casos de infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 principalmente devido à elevada transmissibilidade da variante Ómicron. A covid-19 provocou pelo menos 5.737.468 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia.