10/08/2022 - 15:07
São Paulo, 10 – A moagem de cana-de-açúcar na segunda quinzena de julho na região Centro-Sul atingiu 48,93 milhões de toneladas, o que representa uma alta de 4,31% em comparação com o volume de igual período do ano passado, quando 46,91 milhões de toneladas foram processadas. As informações são da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), em levantamento quinzenal, divulgado nesta quarta-feira, 10.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, disse em nota que o resultado “é reflexo do aumento na produtividade da lavoura e, concomitantemente, do bom aproveitamento de tempo da indústria neste período mais seco do ano”. Rodrigues reforçou que a alta do rendimento agrícola observado no mês de julho “deve se repetir nos próximos períodos”. Entre as justificativas para a expectativa está o comparativo inferior na safra passada, que acumulou “os menores valores dos últimos 10 anos, em função da estiagem e impacto de geadas”, segundo o diretor técnico.
A qualidade da matéria-prima colhida nos mês de julho, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou aumento de 0,57% na comparação com o mesmo período do último ciclo agrícola, registrando 148,26 kg de ATR por tonelada colhida. A produção de açúcar no período totalizou 3,30 milhões de toneladas, alta de 8,4% em comparação com igual período de 2021.
Na segunda metade de julho, 2,41 bilhões de litros (+2,78%) de etanol foram fabricados. Do volume total produzido, o hidratado alcançou 1,41 bilhão de litros (+2,98%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 1 bilhão de litros (+2,49%), o que representou um recorde. “O volume de 1 bilhão de litros fabricados superou a máxima anterior, de 979 milhões fabricados nesse mesmo período, da safra 2021/2022”, afirmou o diretor técnico da Unica.
Do total de biocombustível fabricado, a produção a partir do milho na segunda quinzena de julho registrou 191,51 milhões de litros, ante 169,52 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2021/2022, avanço de 12,97%. O mix de destino da cana para etanol foi de 52,23% na 2ª quinzena de julho, baixa ante o mix de 2021/22 de 53,76%.