Por Victoria Waldersee

BERLIM (Reuters) – O presidente-executivo da Bosch, Stefan Hartung, disse nesta quarta-feira esperar que a escassez de chips diminua significativamente no segundo semestre, acrescentando que espera que as empresas possam operar normalmente até 2023.

A maior fornecedora de autopeças do mundo deve aumentar suas capacidades de software enquanto limita redundâncias entre os cerca de 80 mil empregados em sua força de trabalho de um total de 400 mil.

A empresa investiu 1 bilhão de euros em programas de reciclagem nos últimos cinco anos e investirá ao menos a mesma quantia nos próximos cinco, disse seu chefe de Recursos Humanos, Filiz Albrecht, na quarta-feira.

A Bosch, que também fabrica utensílios domésticos e sistemas de energia, informou em dados preliminares que sua receita em 2021 superou os níveis pré-pandemia, a 78,8 bilhões de euros. Sua margem Ebit foi de 4%, acima dos 2,8% do ano anterior.

“No ano passado, sentimos muito claramente que não tínhamos chips suficientes para atender a demanda. Isso melhorará em 2022, significativamente no segundo semestre”, disse Hartung, ressaltando que mesmo as máquinas que fabricam chips, precisavam dos componentes para funcionar e, por isso, estavam em falta.

A Bosch não planeja mais investimentos em sua própria produção de chips além dos já anunciados 400 milhões de euros que colocou em locais de produção de chips na Alemanha.

A empresa previu que 85 milhões de carros serão produzidos na Europa neste ano, acima dos 80 milhões de 2021, mas abaixo dos 92 milhões que saíram das linhas de montagem em 2019.

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