O CEO da Amil, Renato Manso, disse nesta terça-feira, 8, que a operadora de saúde encerrou o ano passado com resultado positivo em R$ 700 milhões. A empresa reverteu prejuízos bilionários com ajustes na operação e nos preços praticados.

“Tinha muito mato alto, então no início foram fáceis algumas decisões. Quem decidia as coisas na empresa era o departamento de compliance, o americano tinha muita preocupação porque ele não queria que problemas aqui se refletissem lá”, disse o CEO durante o Brazil Investment Forum, promovido pelo Bradesco BBI.

De acordo com Manso, entre funcionários da operadora e das áreas administrativas dos hospitais, a Amil reduziu o quadro em 1.400 pessoas. Não houve cortes na linha de frente hospitalar, segundo ele.

Outra mudança foi na definição de preços dos planos. Segundo ele, a companhia calculava os preços considerando uma sinistralidade de 87%, o que não era racional. O indicador foi baixado para 78% através de um aumento dos preços, o que permitiu à companhia operar com uma margem maior.

Com as mudanças, a Amil perdeu 100 mil beneficiários em 2024, com o cancelamento de vários contratos. Por outro lado, conseguiu reverter um prejuízo operacional de R$ 1,6 bilhão registrado no último ano de operação pela United Health, em 2023.

O executivo disse que de partida, a empresa tem uma perda de R$ 1,2 bilhão ao ano com a carteira de planos individuais, em que os reajustes são regulados pelo governo. Com isso, tem de buscar equilíbrio no restante da operação.