13/02/2020 - 8:58
O banco britânico Barclays anunciou nesta quinta-feira (13) que seu CEO, Jes Staley, está sendo investigado por seus vínculos comerciais com o falecido financista americano Jeffrey Epstein – acusado de tráfico de crianças -, o que não impediu a entidade de reafirmar sua confiança nele.
De acordo com um comunicado do banco, os dois principais reguladores financeiros britânicos, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) e a Autoridade de Regulação Prudencial (PRA), iniciaram uma investigação sobre como Staley informou seu grupo a respeito de seus vínculos comerciais anteriores com Epstein.
O americano cometeu suicídio em uma prisão de Nova York, enquanto esperava para ser julgado.
A investigação começou após um pedido da FCA, à qual o grupo deu uma resposta inicial, informou.
Nomeado CEO do banco em dezembro de 2015, Staley fez negócios com o financista americano quando este era chefe de um setor do banco privado JPMorgan.
Barclays disse que seu dirigente garantiu ao conselho de administração que não teve mais contato com Epstein desde então.
O conselho de administração do banco acredita que Staley “foi suficientemente transparente” sobre “a natureza e o escopo” de seu relacionamento com Epstein. Portanto, o grupo mantém sua “total confiança” nele e apoia sua reeleição para o cargo na próxima assembleia geral de acionistas em 2020.
Barclays assegurou que está cooperando totalmente com os reguladores nesta investigação.
Este não é o primeiro escândalo envolvendo Staley, que foi multado em 2018 por tentar identificar um lançador de alerta dentro do banco.
O anúncio sobre os laços entre Staley e Epstein acabou ofuscando a publicação anual de resultados da entidade.
Hoje, a gigante do setor bancário anunciou um aumento de 54% em seu lucro líquido, para 2,4 bilhões de libras em 2019, graças a uma queda significativa nos custos de litígio e ao bom desempenho de seu banco de investimentos.