03/07/2025 - 8:00
Em linha com grandes exigências dos consumidores, o CEO da SLC Agrícola, Aurélio Pavinato, relata que atualmente o Brasil é pioneiro e praticamente o único país do mundo que desenvolveu uma rastreabilidade na cadeia de produção de produtos de algodão com grande nível de detalhe.
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O protocolo foi desenvolvido junto à Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) – o qual a SLC Agrícola integra – e mostra detalhes de como e onde foram feitas as fases de produção de produtos à base de algodão.
“É possível rastrear a roupa de algodão que chega na loja, da Renner, da Reserva, de várias redes. É possível verificar onde aquela roupa foi produzida. Onde foi produzido o fio, onde foi produzido o algodão, então é uma rastreabilidade da cadeia completa que está sendo desenvolvida no Brasil e sendo exemplo para o mundo.”
O CEO diz que a prática foi adotada dado que o consumidor está ‘mais exigente’ e quer saber se os produtos foram produzidos de forma sustentável.
Aurélio Pavinato também destaca que a companhia – uma das maiores produtoras de grãos do mundo, como soja, milho e algodão – tem cumprido protocolos rigorosos e adotado um padrão ouro em termos de controle de qualidade há anos.
‘Consumidor europeu às vezes tem regras pouco científicas’
Nesse contexto de um mercado externo mais rígido com relação a protocolos e selos de sustentabilidade, o CEO avalia que a ‘ciência deve prevalecer’ apesar de algumas exigências que considera ‘desconexas’, especialmente do consumidor europeu.
“O mercado mundial está cada vez mais exigente, e o consumidor europeu dita as tendências de consumo assim como dita as tendências da moda. Obviamente a questão política acaba interferindo em algumas decisões e às vezes eles colocam regras que não são as mais científicas. Na nossa visão a ciência vai predominar”, diz o CEO da SLC Agrícola.
“Nós, no Brasil, temos um sistema de produção sustentável, estamos evoluindo cada vez mais, e no médio e longo prazo precisamos mostrar ao mundo que, ao consumir produtos brasileiros estará ajudando na sustentabilidade”, acrescenta o executivo do agronegócio.
SLC Agrícola vê agro mantendo fatia grande do PIB e com crescimento perene
Acerca da atividade econômica e do agronegócio, a avaliação é de que a alta participação nas leituras do Produto Interno Bruto (PIB) devem seguir por tempo indeterminado, dada a alta demanda, e que eficiência e produtividade tem sido os grandes focos da companhia.
“O agro representa 25% do PIB, 25% dos empregos, e o mais importante: a tendência é que siga crescendo. Vamos continuar crescendo em área plantada porque a demanda mundial é crescente, e também vamos continuar evoluindo em produtividade. A evolução de produtividade no Brasil nos últimos 25 anos foi fantástica. Aumentamos em torno de 3% ao ano a produtividade das culturas”, diz o CEO da SLC Agrícola.