25/07/2025 - 16:23
Do ponto de vista de executivo de empresa, o CEO da XP Inc, Thiago Maffra, considera ‘difícil falar’ de uma melhora no ambiente macroeconômico e de investimentos ainda neste ano de 2025 – o que faz com que a companhia trace um cenário mais conservador para tomada de decisões.
+HP mira triplicar no Brasil e levar plástico das embalagens a zero em 2027, diz CEO
Ainda assim, o executivo da XP ainda espera que a companhia mantenha um crescimento de dois dígitos percentuais nesse ano de 2025.
“Olhando para o guidance, a gente não contava com uma melhora de mercado [desde 2022]. Se você me perguntar, acho que a gente vai ter uma melhora esse ano? Difícil falar, né? Então, o nosso cenário é um cenário conservador. A gente trabalha com cenário que o mercado coloca, que é de continuidade do que foi nos últimos 2 ou 3 anos”, disse o CEO da XP em entrevista coletiva à imprensa durante a Expert XP 2025.
O guidance da empresa, conforme documentos oficiais, é de uma margem EBT (lucro antes de impostos) de 30% a 34% anual até 2026 e uma Receita Bruta Total anual entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões em 2026.
Executivos da companhia têm declarado em entrevistas à imprensa que a empresa espera um crescimento de 10% na receita bruta neste ano.
Sem correção de rota na XP
Segundo Maffra, a companhia não estuda ‘correções de rota’ no momento, e não deve promover mudanças substanciais na gestão para lidar com o cenário de juros mais altos em 19 anos e um contexto macroeconômico visto como mais desafiador.
O CEO frisa que a ‘grande correção de rota’ da empresa foi feita em meados de 2022, após a companhia surfar bons anos de bull market e enxergar que precisava corrigir algumas coisas da porta para dentro.
A visão é de que a empresa deve seguir expandindo nas mesmas avenidas de crescimento, focando em wealth planning. Como exemplo, destaca que a companhia tem oferecido serviço com advogados que fazem planejamento tributário e sucessório para clientes com patrimônio a partir de R$ 3 milhões, e o investimento da companhia na internacionalização de contas.
“A gente tem capacidade de atender todos os perfis de clientes em termos de tamanho. O mercado cresce, no mínimo, fazendo uma proxy, a própria Selic. Hoje temos R$ 8 trilhões com pessoas físicas e R$ 7 trilhões com pessoas jurídicas. Temos 11,5% de market share, mas nosso objetivo é chegar a 20% até 2033. Acreditamos que é o serviço de excelência que vai fazer com que os clientes saiam dos bancos [tradicionais]”.