A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) concluiu nesta sexta-feira, em Lima, seu 35° período de sessões com a criação de uma organização regional encarregada de examinar políticas de redução da pobreza.

A Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e Caribe será um órgão vinculado à CEPAL, anunciou a entidade no último dia de sessões, que contou com a presença dos chanceleres de México, Colômbia, Peru, El Salvador e Jamaica.

A criação do órgão foi um dos principais acordos alcançados pelos delegados dos 44 países participantes do evento, liderado pela secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena.

A CEPAL destacou que o objetivo da nova Conferência é melhorar as políticas nacionais de desenvolvimento, examinar a pobreza multidimensional e avançar na redução da pobreza, da desigualdade e das lacunas estruturais.

“Discutimos nestes quatro dias o que devemos fazer para atingir as metas pós 2015, vinculadas à sustentabilidade dos países”, disse a chanceler peruana Eda Rivas ao resumir os debates.

“Crescer é importante, mas não suficiente. Devemos dar valor agregado aos recursos naturais, diversificar mercados”, disse o responsável da diplomacia peruana sobre os desafios da região.

No último dia de sessões, a mesa de debates reuniu os chanceleres José Antonio Meade (México), María Ángela Holguín (Colômbia), Jaime Miranda (El Salvador) e Arnaldo Brown (Jamaica), e o ministro de Comércio Exterior e Investimentos Externos de Cuba, Rodrigo Malmierca.

A primeira reunião da Conferência Regional será realizada em 2015, no Peru, prévia ao 36° período de sessões da CEPAL, em 2016, no México.

Durante o 35º período de sessões, a CEPAL difundiu o documento “Pactos para a igualdade: em direção a um futuro sustentável”, onde destaca que os grandes desafios de desenvolvimento da região são obter maior igualdade e procurar sustentabilidade diante das novas gerações.

Na semana passada, a CEPAL reduziu sua previsão de crescimento para a região em 2014 de 3,2% para 2,7% devido à desaceleração das economias de Brasil, México e Argentina. Em 2013, a América Latina cresceu 2,5%.

ljc/lr