Cerca de 1,3 bilhão de tonelada de comida produzida mundialmente é perdida ou desperdiçada, segundo estudo produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apresentado nesta terça (5). A publicação Reduzindo a Perda e Desperdício de Alimentos destaca ainda que o mundo vai precisar de cerca de 60 % mais de alimentos em 2050, em comparação com 2006.

 

O impacto do desperdício de comida, segundo o estudo, não é apenas financeiro. ?Ao se tratar do meio ambiente, o desperdício de alimentos significa também o uso em vão de produtos químicos, como fertilizantes e pesticidas, bem como mais combustível usado para o transporte. Além disso, mais alimentos estragados resultam em maior emissão de metano ? um dos gases de efeito estufa que mais contribuem para a mudança do clima?, informa a publicação.

 

?Isto é uma ofensa a todos os que têm fome, mas também representa um custo enorme para o meio ambiente em termos de energia, terra e água?, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon em mensagem para o lançamento da campanha ?Pensar. Comer. Conservar ? Diga Não ao Desperdício?.

 

Para Ban Ki-Moon, com o aumento da população mundial não precisa necessariamente aumentar o número de pessoas com fome. ?As infraestruturas e a tecnologia podem reduzir a quantidade de alimentos que se estragam após a colheita e antes de chegarem ao mercado. Os governos dos países podem trabalhar para melhorar a infraestrutura essencial e maximizar as oportunidades de comércio com os países vizinhos?.