07/11/2024 - 16:04
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, refutou a tese de que o País está num quadro de dominância fiscal, mas ponderou que é preciso ficar atento para não entrar em um processo como esse.
Para Ceron, mesmo com a abertura de créditos extraordinários neste ano, o País não terá um resultado fiscal que pressione por essa dinâmica. Ele ponderou que há uma questão de taxa de juros em que há uma desancoragem, mas não quis tecer muitos comentários sobre a condução da política monetária.
“Tem uma questão de juros de longo prazo que também não é só política monetária, depende de fatores estruturais aos quais nós estamos atentos, e a questão da inflação. Aí a convergência, de fato, é o trabalho do Banco Central, que está atuando justamente por isso, elevando suas taxas justamente para garantir, reforçar, esse compromisso de credibilidade na busca da convergência”, disse durante coletiva de imprensa sobre o resultado do governo central.
O secretário ponderou ainda sobre a necessidade de se olhar para um horizonte mais amplo, não apenas de curto prazo, mas criticou a taxa de juros real elevada, acima dos padrões do País.
“A política fiscal vai continuar, nós vamos continuar adotando tudo que for necessário para manter o País bem. O País está muito bem do ponto de vista de atividade econômica, taxa de desemprego nos mínimos históricos, o crescimento da renda, na recomposição de políticas públicas, de redução de níveis de pobreza. Agora a gente precisa garantir que o nosso futuro continue sustentável”, disse.