O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou nesta terça-feira (7) que o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em nove cidades no último mês de novembro. Com isso, o salário mínimo necessário, calculado a uma família de quatro pessoas, chegou a R$ 5.969,17 – mais que o quíntuplo dos R$ 1.100 pagos pelo governo.

O salário mínimo necessário leva em conta o valor da cesta básica e o custo de serviços de moradia, saúde, energia elétrica e transporte.

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O Dieese aponta que as maiores altas das cestas básicas, em comparação com outubro, foram registradas em cidades do Norte e do Nordeste: Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju
(1,96%).

Houve redução do valor da cesta em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).

A cesta básica mais cara foi a Florianópolis (R$ 710,53), seguida por São Paulo (R$ 692,27) e Porto Alegre (R$ 685,32). A mais barata do País foi a de Aracaju (R$ 473,26).

O tempo médio para uma família adquirir os produtos da cesta básica de alimentos ficou, em novembro, em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais analisadas pela pesquisa). O trabalhador que ganha o salário mínimo gastou 58,95% de seus rendimentos mensais para comprar alimentos básicos para apenas uma pessoa adulta.

Entre os produtos que sofreram alta de preço devido à inflação, o café em pó ganha destaque: subiu em todas as capitais, com destaque para Recife (23,63%) e Florianópolis (11,94%).