A caça às bruxas digitais não para nos Estados Unidos. Na semana passada, dois ex-funcionários do Twitter foram acusados pelo Departamento de Justiça de usar seu acesso aos sistemas internos da gigante tech para ajudar a Arábia Saudita. Um era um engenheiro designado para um job específico que dava acesso a informações pessoais da conta de milhões de usuários. O outro era gerente de parcerias de mídia e podia ver os endereços de e-mail e números de telefone das contas do Twitter. Os sauditas deixaram o Twitter em 2015. A acusação sobre eles é de que obtiveram informações sobre cidadãos americanos e dissidentes sauditas que se opunham aos líderes do reino do petróleo. Foi o primeiro caso envolvendo supostos sauditas dentro dos Estados Unidos. As empresas americanas de tecnologia vêm sofrendo muita pressão por espalhar desinformação e influenciar a opinião pública. Agora, a briga é por segurança interna, já que, segundo o governo, elas também podem ser invadidas por dentro.

(Nota publicada na Edição 1146 da Revista Dinheiro)