Muito se falou do vestido Alexander McQue-en usado por Kate Middleton, em seu casamento com o príncipe de Gales William, no fim de abril. A suave maquiagem da noiva  e as poucas joias que usou, bem como a profusão de chapéus estruturados e coloridos vestidos  pelas convidadas da cerimônia, também invadiram os bites e bytes das redes sociais, ao longo dos primeiros dias de maio.

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Bebida de reis: o Brüt Réserve (US$ 130), produzido pela Pol Roger, em Épernay/Champagne,

acompanhou os canapés e o bolo servidos na festa que celebrou a união entre o príncipe William e Kate Middleton

 

Mas o que pouca gente falou foi sobre os detalhes do nababesco almoço oferecido pela rainha a 650 privilegiados no Palácio de Buckingham. Para saber o que aconteceu, a DINHEIRO entrevistou Patrice Noyelle, CEO da empresa responsável por uma das estrelas da ocasião festiva, o Champagne Pol Roger.

 

Produzido há mais de 160 anos pela vinícola homônima, localizada em Épernay, na região francesa de Champagne, o vinho reinou absoluto como o único espumante no almoço real. “Eles escolheram o nosso Brüt Réserve, que custa, na Inglaterra, cerca de 30 libras a garrafa”, diz Noyelle. “O príncipe e sua noiva quiseram brindar sua união, mas sem ostentar. E o champanhe é o rei dos vinhos, a bebida mais aristocrata do mundo.” 

 

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A Pol Roger abastece desde 2004 a adega da casa real inglesa. Quem escolhe os vinhos da rainha Elizabeth II é a consagrada crítica Jancis Robinson. Noyelle acredita que o fato de a vinícola ser uma das mais exclusivas do mundo na produção da bebida, e mesmo assim oferecer um bom produto, por um preço adequado, tenha colaborado com a escolha. “Vendemos 1,6 milhão de garrafas por ano”, diz o executivo. “Diante de grandes produtores, como a Moët Chandon e a Veuve Clicquot, que chegam a vender cerca de 25 milhões de garrafas, nossa produção 

é pequena.”

  

Animado com a repercussão positiva que a preferência da coroa britânica  possa exercer sobre a imagem da Pol Roger fora da França, Noyelle, que tem entre os clientes os soberanos da Suécia,  comemora. “Ficamos orgulhosos e esperançosos de que nossas vendas subam com essa publicidade.” Atualmente, 80% da produção da empresa é exportada. “Principalmente para Inglaterra, Suécia e Austrália”.

 

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CEO do prazer: Patrice Noyelle comanda a maison Pol Roger,

que produz, anualmente, 1,6 milhão de garrafas da bebida

 

Noyelle lembra que sir Winston Churchill (1874-1965), primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial,  era um grande apreciador dos espumantes da casa. Tanto que batizou um de seus cavalos de corrida de Pol Roger. Como retribuição, a vinícola colocou o nome do estadista em seu produto mais exclusivo. No Brasil, os produtos da vinícola são trazidos pela Mistral Importadora e custam entre US$ 130 (o Brüt Réserve) e US$ 400 (o Winston Churchill Brüt 98).

 

O CEO lembra que, para o último grande casamento da realeza inglesa, entre Charles e Diana, em 1981, o champanhe Bollinger foi o escolhido para abastecer a cerimônia. “Ao todo são oito vinícolas que fornecem espumantes para a rainha da Inglaterra. Além de nós, a Moët Chandon, a Veuve Clicquot, a Bollinger, a Krüg, a Müm, a Lanson e a Roederer.”

 

O sabor e a força do Brüt Reserve Pol Roger acompanharam os mais de dez mil canapés convocados para o casamento real (leia mais no destaque). Noyelle é adepto da degustação diária da bebida, mas sozinha ou acompanhada de um aperitivo ou uma entrada. “Abro os trabalhos todos os dias às 11 horas e indico o espumente com pratos que levem peixes e frutos do mar.”

 

 

Borbulhas em boa companhia

 

Ser escolhida para a principal bebida alcoólica de uma festa real é um privilégio e uma responsabilidade. No caso do Brut Reserve Pol Roger,  a missão foi harmonizar com iguarias, como blinis de beterraba com salmão defumado, terrine de pato com chutney de frutas e minirrocambole de queijo de cabra com noz caramelizada , entre outras.

 

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Também foi o acompanhamento do ponto alto do almoço, o bolo de oito andares de frutas, coberto de foundant (pasta de açúcar) e assinado pela chef pâtissière Fiona Cairns, a preferida das celebridades inglesas. 

 

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