01/09/2025 - 12:36
A possibilidade de formação do fenômeno La Niña neste ano durante a primavera no Hemisfério Sul aumentou para 56%, de acordo com último relatório da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA). A estação tem início em 22 de setembro no Brasil, mesmo dia em que termina o inverno.
O nível de incidência para o fenômeno climático subiu para o estágio conhecido como Watch (Alerta). “Segundo o documento, as temperaturas abaixo da média na superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial já apresentam características típicas do fenômeno climático”, disse a Climatempo ao compartilhar a informação.
Conforme a empresa de meteorologia, no Brasil, os reflexos da La Niña são sentidos especialmente no inverno e na primavera, com mudanças na distribuição de chuvas e nas ondas de frio.
“Neste inverno, as baixas temperaturas registradas já indicavam sinais de influência de uma ‘quase’ La Niña, que favorece a entrada de massas de ar polar, principal responsável por episódios de frio intenso no sul do País”, acrescenta a empresa de meteorologia.
Caso se estabeleça, o fenômeno climático pode persistir até o início do verão, voltando gradualmente à neutralidade climática.
O que é o fenômeno?
O La Niña consiste no resfriamento em grande escala das temperaturas da superfície do Pacífico equatorial, especialmente na sua região central e oriental.
O fenômeno climático provoca mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo os ventos, a pressão e os padrões de chuva.
De uma forma geral, anos sob influência do La Niña são mais frios, enquanto os de El Niño são mais quentes. No entanto, as mudanças climáticas têm bagunçado a influência dos fenômenos.
Impactos em determinadas regiões do País, caso se confirme o La Niña na primavera deste ano:
– Região Sudeste: Temperaturas abaixo da média e possibilidade de novas ondas de frio.
– Região Norte: Chuvas acima da média, com risco de elevação do nível de rios.
– Região Sul: Chuvas irregulares, prejudicando a agricultura e o abastecimento hídrico.