ABOYNE, Escócia (Reuters) – O rei britânico Charles e o príncipe William fizeram suas primeiras aparições públicas nesta quinta-feira desde o lançamento do livro de memórias revelador do príncipe Harry e de entrevistas na televisão nas quais ele fez acusações contra o pai, o irmão e outros membros da realeza britânica.

Em seu livro “O Que Sobra”, Harry revela que implorou ao pai para que não se casasse com sua segunda esposa Camilla, agora rainha consorte. O livro também trouxe várias outras revelações, incluindo que o irmão mais velho e herdeiro do trono William o derrubou durante uma discussão acalorada.

Harry também usou entrevistas promocionais para reforçar suas alegações de que alguns membros da realeza, incluindo Camilla e William, e seus assessores vazaram histórias prejudiciais a ele ou a sua esposa norte-americana, Meghan, para tabloides a fim de se protegerem ou melhorarem suas reputações.

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Charles conversou com simpatizantes, mas não fez nenhum comentário imediato sobre o recente furor quando chegou para uma visita ao Aboyne Community Shed, em uma vila na Escócia, para encontrar representantes envolvidos com grupos de apoio locais.

A viagem discreta, o primeiro evento público do monarca no ano, contrastou fortemente com a recente cobertura de alto nível do livro de seu filho, que ocorreu um mês após o lançamento de uma série documental da Netflix em seis episódios sobre ele e Meghan.

Também nesta quinta-feira, um sorridente e feliz William e sua esposa Kate, que Harry também critica em seu livro, fizeram suas primeiras aparições desde o lançamento do livro de memórias, em um hospital no norte da Inglaterra. Eles também não fizeram nenhuma referência pública à situação.

Até agora, nem o Palácio de Buckingham nem os assessores da realeza comentaram as revelações de Harry.

A editora Penguin Random House disse que o livro de memórias garantiu a maior quantidade de vendas no primeiro dia de qualquer livro de não-ficção que já publicou, com mais de 1,4 milhão de cópias vendidas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

(Por Michael Holden – Reportagem adicional de Russell Cheyne em Aboyne e Phil Noble em Liverpool)

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