A cada 30 minutos, um tubo de metal com água mineral e alimentos industrializados desce através de um duto até os 700 metros de profundidade onde estão os 33 mineiros presos há 20 dias em uma jazida no norte do Chile.

A princípio, o tubo, denominado “pomba”, era de plástico, mas foi substituído por outro de metal, de 1,6 metro de comprimento por 12 de diâmetro. Usando um sistema simples de corda e polia, o tubo é baixado para as profundezas da terra, comprovou a AFP.

“Temos melhorado o sistema de envio de pombas, melhoramos sua velocidade e também sua forma, e (agora) sua forma de metal é a terceira versão”, explicou Jorge Sanhueza, diretor de sustentabilidade da exploradora de cobre estatal Codelco, empresa que dá apoio aos trabalhos.

Na “pomba” cabem quatro garrafas d’água de meio litro cada e quatro pacotes de biscoito.

“Levamos 30 minutos para baixá-la, subi-la e carregá-la. (Ela) nos permite o abastecimento e manter os mineiros saudáveis”, acrescentou Sanhueza.

“Já foram enviadas 13 desde a terça-feira”, informou.

Com as “pombas” de plástico só era possível um envio a cada hora.

O dispositivo desce por um canal construído pela máquina perfuradora que no domingo conseguiu chegar até os mineiros, depois de 17 dias sem notícias deles.

Os 33 trabalhadores ficaram presos em 5 de agosto dentro da mina San José, 800 km ao norte de Santiago, e só será possível tirá-los dali com um alargamento do buraco por onde os suprimentos são baixados, o que levará de três a quatro meses. A comunicação com o grupo é mantida através deste duto.

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