A China obteve, em junho, um superávit comercial de 20,02 bilhões de dólares, em leve alta com relação ao mês anterior, anunciaram este sábado a alfândega chinesa, demonstrando a persistente fortaleza de suas exportações.

Em maio, o superávit chinês tinha chegado a 19,53 bilhões de dólares, e em abril, havia sido de apenas US$ 1,68 bilhão.

Em junho, as exportações chinesas somaram US$ 137,4 bilhões de dólares (alta de 43,9% com relação a junho de 2009). As importações, por sua vez, aumentaram 34,1% entre junho de 2009 e junho de 2010, somando US$ 117,4 bilhões de dólares.

“Estas exportações (chinesas) mais importantes que o previsto demonstram que a fragilidade do entorno econômico exterior ainda não teve impacto (na economia chinesa)”, comentou Ken Peng, do Citigroup em Pequim.

Segundo Brian Jackson, do Royal Bank of Canada, estes bons números comerciais contribuirão para aumentar a pressão sobre o governo chinês para que acelere o processo de valorização de sua moeda, o iuane, tal como pedem os países ocidentais.

“A China acaba de anunciar um novo e forte superávit comercial, enquanto os Estados Unidos anunciarão na próxima semana um novo déficit comercial”, comentou Jackson.

O iuane se valorizou 0,8% diante do dólar desde que o Banco Popular Chinês (Banco Central) se comprometeu, em 19 de junho, a flexibilizar o controle sobre a moeda nacional.

Um iuane mais forte encareceria os produtos chineses no exterior, o que tenderia a reduzir o exceledente comercial do gigante asiático, mas ajudaria a estimular o consumo interno, ao reduzir o custo dos produtos importados.

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