A China registrou em junho uma recuperação surpreendente de suas exportações, a 32,2% interanual, impulsionada pelas vendas de eletrônicos e farmacêuticos – informou a administração alfandegária do país na terça-feira (13).

Este é o maior ritmo de crescimento das vendas do gigante asiático desde abril.

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Foi um desempenho muito melhor do que o esperado, já que os economistas projetavam uma desaceleração (23,1%), após uma alta de 27,9% ano a ano no mês anterior.

A situação contrasta fortemente com a do ano passado, quando a atividade na China estava se recuperando da pandemia da covid-19.

Em junho de 2020, as exportações chinesas voltaram a ser positivas pela primeira vez (+0,5%), após a estagnação da economia.

Agora, quase livre da doença, a China foi o primeiro país a voltar, no final de 2020, a um nível de atividade anterior à pandemia.

“A economia chinesa está se estabilizando e melhorando (…) e isso está proporcionando um sólido apoio ao comércio exterior”, disse Li Kuiwen, porta-voz da Aduana, à imprensa.

Na outra direção, as compras de produtos do exterior se desaceleraram em junho, quando as importações aumentaram 36,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, ainda conforme a Alfândega.

É um ritmo bem mais lento que o de maio (51,1%), mas o desempenho é, no entanto, melhor do que as previsões dos analistas (30%).

Em junho, o superávit comercial do gigante asiático alcançou US$ 51,3 bilhões, acima do mês anterior, quando registrou US$ 45,53 bilhões.